Pediatras pedem demissão coletiva e população pode ficar sem serviço a partir de janeiro



Os três pediatras que atendem no hospital regional do vale do Juruá pediram demissão ao mesmo tempo.  A partir de janeiro os médicos Dr. Jorge, Dr. Juan e a Dra. Aneidimar não farão mais parte do corpo clínico do hospital.

Temendo uma possível sobrecarga, o diretor técnico do Hospital Materno Infantil do Juruá, Dr. Ricardo Guzela, procurou os meios de comunicação para alertar a população sobre esta situação.
A entrevista concedida nesta quinta-feira durante o programa  Juruá Notícias trouxe à tona um problema que poderá se agravar a partir de janeiro, deixando a população, e especialmente as crianças, sem atendimento médico no hospital.
Os três teriam pedido demissão por não chegar a um acordo salarial satisfatório com a direção do hospital. Segundo informações, os três pediatras tinham dois contratos com o Estado: um com a maternidade, e outro com o hospital regional. Somados os dois contratos, os vencimentos ficariam entre 25 e 27 mil reais cada um.
A direção do hospital teria procurado o MP para se informar se caberia uma ação contra a decisão coletiva dos pediatras o que  deixaria a população sem o serviço a partir de janeiro. Segundo uma interpretação de alguns advogados juristas trabalhistas, um pedido de demissão coletiva pode ser caraterizado como “assédio moral ascendente”, pois tende a desestabilizar a administração, neste caso, com o agravante de tornar a população, refém da decisão.
O Governo do Estado também acenou com a possibilidade de uma ação severa contra os médicos que continuam atendendo na maternidade, mas apenas na pediatria neonatal (crianças entre 0 a 28 dias).
De forma paliativa, o Hospital Regional do Juruá designou clínicos gerais e médicos de outras especialidades para atender na pediatria.
Da Redação do Juruá On Line

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