Estudo inédito
divulgado nessa segunda-feira (21) pelo periódico inglês The Lancet indica
que as mortes por HIV no Brasil caíram de 17 mil em 1996 para 10 mil em 2013.
De acordo com a revista, uma das mais respeitadas publicações científicas, a
ampliação do acesso ao tratamento para HIV/Aids tem desempenhado papel
importante para salvar vidas.
O estudo destaca que o ritmo de queda nas mortes e infecções vem se
ampliando desde o ano 2000, quando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
foram estabelecidos na tentativa de frear o avanço dessas doenças até 2015.
Os números mostram que as mortes provocadas por HIV/Aids no Brasil
diminuíram a um ritmo de 2,3% entre 2000 e 2013, enquanto as mortes por
tuberculose foram reduzidas a uma taxa de 3,7%.
“As mortes por
HIV/Aids no Brasil caíram de forma mais rápida que a média global, de 1,5%
entre 2000 e 2013”, ressaltou o relatório. “As mortes por tuberculose não
relacionadas à infecção por HIV caíram de forma mais rápida do que a média
global de 4,5% entre 2000 e 2013”, completou.
A pesquisa cita o Brasil como um país de vanguarda na luta global para
garantir acesso a medicamentos antirretrovirais, mas destaca que é preciso
fazer mais para salvar as 10 mil vidas perdidas para o HIV todos os anos, desde
os anos 90.
A estimativa é que, em 2013, foram registrados 92 casos de tuberculose
para cada 100 mil habitantes, enquanto os casos de HIV/Aids anotados no mesmo
período foram de 12 novas infecções para cada 100 mil habitantes – a maioria
homens.
Ainda em 2013, foram contabilizadas 7.912 mortes por HIV/Aids em homens
ante 2.305 em mulheres. As mortes por tuberculose e os novos casos da doença se
concentram em pessoas do sexo masculino, com 4.184 mortes em homens e 1.604 em
mulheres.
“Os pesquisadores descobriram que a expansão de intervenções para
combater o HIV/Aids – como a terapia antirretroviral, os programas para
prevenir a transmissão entre mãe e filho e a promoção do uso do preservativo –
ajudaram a reduzir os anos de vida perdidos para a doença”.
Diagnóstico
Entre 2005 e 2013, o Brasil aumentou em 32% a testagem para HIV na sua população. A cobertura da realização dos exames passou de 28% da população sexualmente ativa (15 a 64 anos), em 2005, para 37%, em 2013. Além desse aumento na população em geral, o Ministério da Saúde vem investindo, em parceria com organizações da sociedade civil, na ampliação do acesso ao teste nas populações mais vulneráveis por meio de unidades móveis de testagem e pelo uso do texto oral. Essas ações permitem ampliar o número de pessoas que conhecem, o mais precocemente possível, sua condição de infectados pelo HIV.
Entre 2005 e 2013, o Brasil aumentou em 32% a testagem para HIV na sua população. A cobertura da realização dos exames passou de 28% da população sexualmente ativa (15 a 64 anos), em 2005, para 37%, em 2013. Além desse aumento na população em geral, o Ministério da Saúde vem investindo, em parceria com organizações da sociedade civil, na ampliação do acesso ao teste nas populações mais vulneráveis por meio de unidades móveis de testagem e pelo uso do texto oral. Essas ações permitem ampliar o número de pessoas que conhecem, o mais precocemente possível, sua condição de infectados pelo HIV.
A combinação da ampliação da testagem com o novo protocolo implantado em
dezembro de 2013, que oferece o tratamento para todas as pessoas HIV positivas,
independentemente de comprometimento do sistema imunológico, faz com que mais
pessoas iniciem o tratamento. Como todas as evidências demonstram que pessoas
em tratamento reduzem a carga viral a um ponto em que diminui muito a chance de
que ela transmita o HIV para outra pessoa, a continuidade dessa nova estratégia
implantada no Brasil produzirá uma progressiva redução na prevalência do HIV.
Em 2013, cerca de 40 mil pessoas iniciaram o tratamento. Apenas nos
primeiros seis meses deste ano, 35 mil já aderiram, tornando possível a meta do
Ministério de oferecer tratamento a 100 mil novas pessoas. Isso significa que
essas pessoas deixarão de transmitir o vírus, reduzindo drasticamente a
incidência da doença no País em longo prazo.
No período de 2005 a 2013, o Brasil mais que dobrou (2,14 vezes) o total
de brasileiros em tratamento, passando de 165 mil, em 2005, para 353 mil em
2013.
Prevenção
De acordo com a pasta, o Brasil é o país que mais compra e distribui camisinhas no mundo (625 milhões de unidades, em 2013). Atualmente, um dos dez países do mundo, e o único da América Latina, a adotar todas as novas tecnologias de prevenção como a recente ampliação do tratamento aos adultos com testes positivos de HIV, mesmo sem comprometimento do sistema imunológico. Essa medida resultou em um aumento de cerca de 40% no número de pessoas iniciando o tratamento com antirretrovirais nos primeiros seis meses de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a pasta, o Brasil é o país que mais compra e distribui camisinhas no mundo (625 milhões de unidades, em 2013). Atualmente, um dos dez países do mundo, e o único da América Latina, a adotar todas as novas tecnologias de prevenção como a recente ampliação do tratamento aos adultos com testes positivos de HIV, mesmo sem comprometimento do sistema imunológico. Essa medida resultou em um aumento de cerca de 40% no número de pessoas iniciando o tratamento com antirretrovirais nos primeiros seis meses de 2014, em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Agência Brasil.
Tags:AIDS, Blog do Planalto, Dilma, Dilma Rousseff, DSTs, governo, governo federal, HIV, Ministério da
Saúde, ODM, Queda em mortes
por HIV, Testagem, Tuberculose