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Petecão, o galã do carnaval popular
O senador Sérgio Petecão (PSD) virou o objeto do desejo de muitas foliãs no carnaval popular de Rio Branco. “Lindo, Lindo”, gritavam as mulheres, quando avistavam a cabeça avantajada do parlamentar. De olho nas disputas eleitorais que se avizinham, Petecão brincou as cinco noites de carnaval em Rio Branco, prestigiando todas as festas realizadas nos bairros. Ele deu trabalho a quase deputada federal Marfisa Galvão, que teve que aturar o assédio implacável das eleitoras cheias de água que passarinho não bebe.
Aproveitando a fama do Don Juan, da Seis de Agosto, a assessoria de Petecão não perdeu tempo e encaminhou uma fotografia, onde o “lindo, lindo” aparece sendo puxado por duas foliãs para o meio do frevo. “Eu não tenho medo do povo. São essas pessoas que julgam nossos mandatos, não adianta fugir delas”, disse o assediado, desejado e cutucado “senador 100% popular”. Apesar de ser mais chacoalhado do que instrumento musical de bateria de escola de samba, o copo ainda está na mão!
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Menino do Rio

Enquanto Petecão se esbaldava com as foliãs no carnaval do Acre, o senador Jorge Viana (PT), preferiu passar a festa de momo no Rio de Janeiro, Estado que num passado distante, foi muito frequentado pelo então governador Flaviano Melo (PMDB), que sofria com as criticas dos caciques e militantes petistas pela preferência pelas praias abraçadas pelo Cristo Redentor.
No Leblon, tradicional reduto boêmio carioca, Jorge Viana ganhou o carinhoso apelido de “Menino do Rio”, oferecido pelo colunista de O Globo, Ancelmo Gois. Segundo o colunista, após o petista caminhar pelas ruas do Rio Janeiro e tomar algumas num bar, Viana filosofou: “A liberdade de poder andar pelas ruas e estar no meio das pessoas é a razão de ser da vida”. “Não é fofo?”, questionou Gois.
Ela é carioca
Tom Jobim, já cantava: “Ela é carioca, ela é carioca, basta o jeitinho dela andar”. Depois de sentir o gostinho do carnaval do Rio de Janeiro, quando Chico Mendes foi homenageado na passarela do samba pela Unidos da Vila Isabel, em 2013, a primeira-dama do Acre, Marlúcia Cândida, desfilou e não conseguiu esquecer os encantos da cidade das belas praias e do samba no pé. A identificação foi tão forte que ela cumpriu agenda no Rio de Janeiro, em pleno Carnaval.
A primeira-dama contou ainda com a companhia da prestativa vice-governadora Nazaré Araújo (PT), que ganhou diárias no valor de R$ 4.041,80 para acompanhar Marlúcia Cândida nas reuniões com órgãos públicos do Rio de Janeiro. Este tipo de agenda chega a penalizar a esposa do govenador Sebastião Viana (PT), que em pleno carnaval, é obrigada a tratar de assuntos políticos ao invés de ficar descansado ou aproveitando a festa popular no Acre.
ABUSO DE AUTORIDADE
Policial age com truculência ao prender jornalista
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José Wiles Carvalho Torres, 30, (foto) atua como repórter-cinematográfico e repórter- fotográfico há sete anos. Com o trabalho, sustenta a criação de dois filhos. Estava prestando serviço na última noite de carnaval em Cruzeiro do Sul.

Ao fazer o registro de uma ação policial, um dos agentes que efetuava a prisão não quis ser fotografado e partiu para cima do jornalista para tomar-lhe o equipamento, com o argumento do “uso de direito de imagem”.
“Afirmei que estava trabalhando e registrando o trabalho dele, enquanto agente público”, lembrou Torres. “Ele tentou tomar minha câmera, mas não deixei. Ele quis que eu apagasse as fotos e eu disse que não apagaria”.
O repórter-fotográfico lembra ainda que o policial afirmou em tom nervoso: “Você não vai apagar, não? Então você vai para a delegacia”. Torres foi detido. Quando o repórter entrou na viatura, um dos policiais tomou a câmera dele. As fotos em que havia o registro da ação policial foram apagadas.
Wiles Torres ficou na delegacia das 3 horas da manhã, aproximadamente, até às 10 horas, após chegada de um advogado conseguido pela esposa. “Eles apagaram todas as fotos que fiz da ação policial”, indigna-se o profissional. “Eles não tinham esse direito. Eles estavam trabalhando como agentes públicos”.
O repórter diferencia a atuação dos policiais. “Nós sempre trabalhamos em parceria com a polícia, com os policiais antigos, mas estamos com alguma resistência com essa turma nova”, compara.
O caso foi parar na Corregedoria da Polícia Civil e no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre. Nesta quinta-feira, uma parte da diretoria do Sinjac vai ser recebida pelo corregedor-geral, Josemar Pontes.
“Tudo o que estiver ao alcance da lei para que haja reparação pelo que foi feito ao profissional da imprensa será feito pela Corregedoria, mas temos que analisar todo o episódio”, pondera o assessor da Secretaria de Estado de Segurança Pública, Pedro Paulo. Ray Melo - raymelo.ac@gmail.com

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