Lidiane é investigada por irregularidades no sistema educacional de Bom Jardim. Foto: Reprodução / Facebook
Júlia Zaremba
O programa de governo parecia promissor - no topo da lista, a promessa de erradicar o analfabetismo, ampliação ao atendimento à demanda no Ensino Médio e na Educação Infantil e instalação de bibliotecas em escolas rurais. Difícil acreditar que, dois anos e oito meses depois de assumir o cargo de prefeita de Bom Jardim, no Maranhão - após seu namorado, Beto Rocha, ter a candidatura impugnada - Lidiane Leite da Silva seria investigada por irregularidades e desvios de verba justamente naquela que foi a sua maior promessa de campanha: a educação.
Lidiane prometia erradicar o analfabetismo na cidade. Foto: Reprodução / Facebook
Lidiane assumiu a prefeitura aos 22 anos. Foto: Reprodução / Facebook
Na última quinta-feira, a Polícia Federal iniciou a “Operação Éden”, com o objetivo de investigar denúncias de desvios de verbas da merenda escolar, da reforma de escolas, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) em Bom Jardim, cidade de 40 mil habitantes. Dois suspeitos já foram presos - Antônio Gomes da Silva, ex-secretário de Agricultura, e Humberto Dantas dos Santos, mais conhecido como Beto Rocha, namorado de Lidiane. A prefeita, por sua vez, está foragida. A Justiça já decretou sua prisão preventiva.
Lidiane tomou posse em 2012. Foto: Reprodução / Bom Jardim MA
A prefeita prometeu que Bom Jardim mudaria para melhor. Foto: Reprodução / Bom Jardim MA
Não foram só as propostas de governo que mudaram. A vendedora de leite Lidiane Leite da Silva adotou o sobrenome do namorado e se tornou Lidiane Rocha ao ingressar na política. Desde o início, a dependência em relação a Beto Rocha foi deixada clara - durante um discurso de posse, a prefeita afirmou que estava no cargo “representando Beto”.
“Beto é que vai mandar, junto com vocês. Eu só estou aqui para obedecer”, afirmou.
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