quinta-feira, 2 de julho de 2020

“Novo PSL” queria envolvido no G7 como presidente. PSDB não poderá lançar candidato em 8 cidades; Veja detalhes do acordo


-julho 2, 2020
A anunciada desfiliação em massa no PSL foi abortada. Todos concordaram em aceitar o Major Rocha como dirigente maior da sigla, com algumas condições: as candidaturas já definidas na capital ( 48 para vereadores) e no interior (prefeitos e vereadores) devem ser respeitadas e mantidas. Em Rio Branco, a pré-candidatura do pecuarista Fernando Zamora a prefeito foi rifada. É a única literalmente atropelada. A coligação PSL-PSDB indicará mesmo o coronel Ulisses vice do ex-reitor da Ufac, Minoru Kimpara.

O presidente do “novo” PSL, a depender de Rocha, seria José Adriano, presidente reeleito da Federação das Indústrias do Acre (Fieac). Ele estava ao lado do vice-governador numa reunião fora do estado com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, há duas semanas.

A militância, no entanto, rejeitou o nome do empresário, envolvido no escândalo que ficou conhecido como “G7”, no governo do PT. No encontro desta quinta, houve enfrentamento de alguns ao deputado Júnior Bozella (PSL-SP), que veio com a missão de anunciar Rocha e acalmar seus filiados. Zamora sugeriu que Bozella fizesse investigação social no CPF dos filiados e “dos que estão chegando agora”, sugerindo que Rocha e Ulisses não tenham o perfil ético que a legenda tanto aprecia e defende. O deputado impôs o discurso do entendimento.

Assim, nas próximas horas o presidente será anunciado, podendo ser o coronel Ulisses, comandante demissionário da Polícia Militar, ou Pedro Valério, que liderou o partido por cinco mandatos consecutivos.

Um acordo “de boca” entre filiados e o novo mandatário do partido indica que o PSDB não poderá lançar candidato a prefeito onde o PSL já tem nomes confirmados: Acrelândia, Brasiléia, Epitaciolândia, Porto Acre, Senador Guiomard, Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul. Em Plácido de Castro, porém, há expectativa de um capítulo tórrido nesta novela: o atual gestor, Gedeon Barros, que é tucano, insiste em disputar a reeleição. E lá a pre-candidatura da ativista e advogada Joana D´Arc já estava acertada antes mesmo de o partido ser tomado pelo PSDB. Dar´c diz que honrará o sobrenome “Valente”, e tem apoio dos colegas. Como seria uma disputa entre ambos, sendo cada um filiado a siglas diferentes ao mesmo tempo “aliados”?

A aliança PSL-PSDB terá o maior tempo de TV nas eleições municipais – com prováveis sete minutos. Terá também o maior fundo partidário. Porém, sem candidato na capital, resta saber se esses recursos poderão ser direcionados para o interior.

Nenhum comentário: