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Deputado diz que a pandemia virou um grande balcão de negócios na administração estadual

Angélica Paiva, do Notícias da Hora 04 Setembro 2020

É do Tchê

A segurança é do Tchê. A frase foi ouvida no corredor da secretaria de Segurança. Claro que os indícios apontam para isso, mas ninguém até então havia verbalizado tão claramente o fato do governo ter sido fatiado em capitanias hereditárias. Até então! Agora dizem sem pudor- a Segurança é do Tchê...a Saúde é do Bestene. A conta é do povo, mas disso não se fala.

Nomes

O deputado Fagner Calegário verbalizou o pensamento secreto de muita gente. Segundo ele a pandemia virou um grande balcão de negócios. Na mira do parlamentar a contratação de uma empresa para comprar material hospitalar para o estado. Se é preciso contratar uma empresa para adquirir material hospitalar, se o Instituto de Saúde vai fazer as contratações e se a limpeza das unidades de Saúde é terceirizada, qual o motivo de não extinguir a Secretaria de Saúde? Pelo menos o estado economizaria.

...aos bois

A empresa é multiuso. Além de aquisição de material hospitalar também atua na limpeza hospitalar. Se continuar nessa pegada em breve estará dando consulta e fazendo cirurgia de alta complexidade. ““As autoridades competentes precisam verificar os modos operantes dessas empresas junto à Sesacre” disse Calegário que cobrou do secretário de Saúde Allison Bestene, que não impeça o direito de fiscalizar dos deputados. Parece que a única coisa que diminuiu na pasta, em relação à gestão Mônica Kanaan foi a truculência.

Deforma administrativa

Se o governo federal tem coragem de enviar em período pré-eleitoral, uma Reforma Administrativa que prevê facilidades para a demissão de servidores públicos por desempenho insuficiente, imaginem a segunda etapa da reforma, que virá após as eleições. A Proposta de Emenda à Constituição ( PEC ), precisa de 3/5 dos votos para ser aprovada. 308 deputados e 49 senadores. Interessante começar a acompanhar a tramitação e verificar por quantas emendas cada parlamentar vai vender os postos de trabalho dos cidadãos.

Deformação

Sem mexer no salários dos marajás ( acima do teto ), e deixando intocados juízes, deputados/ senadores e as forças armadas, essa reforma acelera o desmonte do Estado. Ao acabar com a estabilidade dos funcionários públicos o governo permite a abertura para acomodar cabos eleitorais. Os impostos irão financiar os cabides de empregos sem qualidade que só atendem aos interesses dos maus políticos. Os que discordarem do governo ficarão sem emprego.

Atraso

O atraso no recebimento da PEC da Reforma Administrativa foi motivado por uma disputa na CCJ da Câmara dos Deputados. Nada que pudesse tranquilizar os servidores públicos. PSL, MDB, Republicanos e PDT lutam pelo controle da Comissão de Constituição e Justiça. Nenhum deles pode ser considerado pró- funcionalismo. Os partidos do Centro e da Direita elogiaram a proposta que só foi mal recebida pela oposição.

Acreanos

A deputada Perpétua Almeida ( PCdoB ), foi a única da bancada do Acre a aderir a campanha de esclarecimento e contrária a Reforma Administrativa no Twitter. Também, Perpétua é a única deputada federal do estado que mantém uma conta ativa na rede social mais política. Os demais usam o facebook. O senador Márcio Bittar também se faz presente, embora com menor atuação.

Tentativa

O deputado Flaviano Melo ( MDB ), tentou aderir ao Twitter em 2015, mas pelo jeito não se deu muito bem na rede social dos presidentes e ex- presidentes do Brasil e do mundo. Flaviano não segue ninguém e tem apenas 89 seguidores. A última postagem dele foi em outubro de 2018, para agradecer os votos. Just.

Parcerias

O jornalista Jorge Natal assume o comando da assessoria de Comunicação do pré- candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul, Adônis Souza ( PSL ). Adônis foi feliz na escolha. A prefeita da capital, Socorro Néri ( PSB ), também acertou na escolha de Ana Cristina para a chefia da comunicação da prefeitura. Outra parceria de destaque é de Jocely Abreu na assessoria de imprensa da pré- candidata a vereadora, Ariane Cadaxo ( PSDB )

Defund Bolsonaro

Defund Bolsonaro é uma campanha internacional contra as queimadas na Amazônia. Através dela, líderes globais, consumidores e investidores são incitados a se afastar do presidente Jair Bolsonaro ( sem Partido ). Não investir no Brasil, não consumir produtos brasileiros para forçar o fim do desmatamento. No Brasil, a campanha lançada ontem ( 02 ), começou a ser divulgada em inglês, francês e espanhol pela Associação dos Povos Indígenas do Brasil- Apib . Defund é uma palavra inglesa que significa “cortar o financiamento”.

Auxílio emergencial

A prorrogação do auxílio emergencial do governo federal ( R$ 300 ), até dezembro desse ano, deve injetar quase R$ 100 bi na economia, o que aquece o comércio e mitiga a fome. No último mês do governo Dilma Rousseff, o benefício era de R$ 164 por família. O povo sobrevive e Jair Bolsonaro avança em direção à reeleição. Isso é o Brasil.

Defesa desmontada

O vereador Raimundo Neném ( PSB ) precisa embasar melhor seus pronunciamentos sob pena de ser desmentido pelos colegas. Ao tentar defender a prefeita Socorro Néri das críticas sobre a falta de iluminação na cidade, justificou que ela recebeu uma prefeitura com déficit, muitas obras paradas e sem apoio de emendas parlamentares. Valeu a tentativa mas esqueceu que Socorro fazia parte da gestão anterior. Rodrigo Forneck refrescou a memória do apressado.

Bom dia governador Gladson Cameli. Esperamos ardentemente que vossa excelência não esteja confundindo cabide de emprego com geração de emprego. E aproveitamos para lembrar que já entramos na contagem regressiva para o fim do mandato. O tempo urge né?

Angélica Paiva, do Notícias da Hora 04 Setembro 2020

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