Guilherme Mendes/Congresso em Foco
A extremista Sara Geromini, presa em prisão domiciliar há quase quatro meses por promover atos em favor da ditadura militar e pelo fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para fazer um desabafo contra o governo Jair Bolsonaro, do qual sempre foi apoiadora.
Em um longo desabafo publicado em uma conta no Instagram nesse domingo (4), Sara Winter – como ficou conhecida – criticou órgãos do governo que não a apoiaram depois da prisão. "Da parte do Ministério dos Direitos Humanos, nada foi feito [sobre minha prisão]. Nem da mãe, da amiga Damares. Nada.", reclamou, referindo-se à sua ex-chefe, a ministra Damares Alves.
Já em publicação no Facebook, Sara Geromini acentuou suas críticas ao governo. "Sim, senhores, estão exonerando todos os que já tiveram contato comigo, a começar pelo Ministério da Damares. Estou cansada", escreveu. “Afinal, a praga do Bolsonaro não é a esquerda, é a loirinha que causou tentando defendê-lo"
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Houve críticas também ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno. Segundo Sara, havia ordens do generalato destinada à sua atuação. "General Heleno me proibiu de gritar com a imprensa, de mandá-los embora, de gritar "globo lixo". Pq, né... coitadinho dos jornalistas que fodem a vida do Bolsonaro todo dia. Eles precisam trabalhar, dona Sara! Não os incomode mais", escreveu.
Políticos e instituições de mais de 13 países estão me procurando para perguntar o que diabos está acontecendo com...
Publicado por Sara Giromini em Domingo, 4 de outubro de 2020
A ativista deixou claro, porém, que ainda apoia o atual governo. "Não estou contra o Bolsonaro. Não sou louca de estar contra ele", escreveu a extremista, em outra postagem. "Eu sou a louca que quer entender pq todos os bolsonarista [sic] estão sendo expurgados do governo Bolsonaro."
Sara voltou a fazer críticas contra o ministro relator do inquérito das fake news no STF. "Conseguiram tirar tudo de mim, e acho que era isso que o Alexandre de Moraes queria", disse, referindo-se ao ministro que ordenou a prisão domiciliar da extremista e também impediu seu acesso às suas contas oficiais em redes sociais.
A paulista, membro do grupo de extrema-direita 300 do Brasil, ainda alegou que está com quadro de depressão agravada com tendências suicidas e contou que não vê o filho pequeno desde que a Polícia Federal a prendeu, em junho.
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