Contrariando decisão do governo Jair Bolsonaro "os principais cientistas do mundo declararam, de forma unânime, que a pandemia ainda é uma realidade"
18 de abril de 2022, 08:36 h Atualizado em 18 de abril de 2022, 09:03
(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Reuters)
247 - A decisão do governo Jair Bolsonaro em decretar o fim do estado de emergência nacional da Covid-19 foi tomada mesmo após uma reunião na qual “os principais cientistas do mundo declararam, de forma unânime, que a pandemia ainda é uma realidade e que não é o momento de falar ainda do fim da emergência internacional.
De acordo com o coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, o Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) avalia que a pandemia de Covid-19 ainda é "um evento extraordinário que continua a afetar negativamente a saúde das populações em todo o mundo, representa um risco contínuo de propagação internacional e interferência no tráfego internacional, e requer uma resposta internacional coordenada".
A avaliação geral da instituição é que” pelos próximos três meses, não haverá uma alteração na posição da OMS e que a emergência internacional segue. Apesar disso, “no domingo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o fim da situação de emergência sanitária nacional devido à pandemia da Covid-19. Ele afirmou que irá editar nos próximos dias um ato normativo para encerrar a Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional). No entanto, ressaltou que a medida não significa o fim da doença”, destaca o colunista.
Ainda segundo a reportagem, “os membros do Comitê reconheceram a capacidade nacional, regional e global de responder ao contexto pandêmico, mas ‘observaram com preocupação “que alguns governos’"relaxaram as medidas de controle e ‘reduziram os testes, impactando assim a capacidade global de monitorar a evolução do vírus’". CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“A decisão do governo de Jair Bolsonaro sobre a pandemia também contraria a direção que os EUA tomaram em relação à doença. Os dois países lideram em número de mortes pela Covid-19”, observa Chade.
“Na quarta-feira passada, o governo americano decidiu ampliar por mais três meses a emergência sanitária, permitindo assim que os cidadãos possam continuar sendo testados e recebendo tratamento de forma gratuita. Nos EUA, a emergência de saúde pública foi inicialmente declarada em janeiro de 2020. Desde então, ela é renovada a cada trimestre”, afirma o colunista.
Fonte: brasil247.com