O futuro ex-presidente ainda assinou o decreto com a exoneração do Almirante de Esquadra Marco Sampaio Olsen do cargo de Comandante de Operações Navais. Olsen foi indicado por Lula para o comando da Marinha.
Bolsonaro e Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército.Créditos: Estevam Costa/PR
Em um de seus últimos atos de governo antes de empreender sua fuga para os Estados Unidos - provavelmente nesta quinta-feira (29) -, onde deve acompanhar à distância a posse presidencial marcada para o dia 1º de Janeiro, Jair Bolsonaro (PL) exonerou o comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e nomeou, de forma interina, o general Júlio César de Arruda, indicado por Lula (PT), para o cargo.
Em uma série de decretos divulgados na edição desta quarta-feira (28) do Diário Oficial da União (DOU), Bolsonaro ainda exonerou Arruda "do cargo de Chefe do Departamento de Engenharia e Construção, passando à situação de adido ao Gabinete do Comandante do Exército".
O futuro ex-presidente ainda assinou o decreto com a exoneração do Almirante de Esquadra Marco Sampaio Olsen do cargo de Comandante de Operações Navais. Olsen foi indicado por Lula para assumir o comando da Marinha.
O DOU, no entanto, não traz a exoneração do atual comandante da Marinha, o almirante de esquadra Almir Garnier Santos, que protagoniza um imbróglio na transição da força.
Em princípio, Garnier deixaria o cargo até esta quinta-feira (28) em um acordo entre o atual, Paulo Sérgio Nogueira, e o futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
No entanto, a decisão teria sido considerada "interferência" da Defesa na Marinha e Garnier teria decidido fazer a transição apenas após a posse de Lula - quando Olsen assumirá o cargo em caráter definitivo, e não de forma interina como Arruda no Exército.
Por revistaforum.com.br