Aterceira temporada do Papo Informal, podcast apresentado pelo jornalista Luciano Tavares, teve seu início na última quinta-feira, 11, e já movimentou os bastidores da política.
O primeiro entrevistado da nova temporada foi o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), que falou dos mais diversos temas, entre eles, o seu rompimento político com o senador Sérgio Petecão (PSD). As declarações do prefeito foram rebatidas pelo senador, que voltou a chamar Bocalom de ingrato, traidor e empregado do ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT).
“O Boca (lom) é muito engraçado e parece que tem memória curta. Disse que eu o traí, mas a traição foi dele e começou quando ele foi expulso do PSDB e eu o levei à Brasília para conversar com José Agripino Maia, presidente nacional do DEM, o Bocalom assumiu o compromisso de, na eleição de 2014, ele disputar uma vaga ao Senado ou a Câmara Federal, e tinha chance clara de se eleger. Eu seria o candidato ao governo, e assim ficou tudo acertado. Faltando poucos dias para finalizar tudo, fui chamado para uma reunião na sede do DEM e chegando lá tava o Boca, e seus aliados, lembro bem do Normando Sales e do Frank Lima. O prefeito de cabeça baixa, sem olhar na minha cara, disse que o grupo tinha decidido que ele teria que disputar o governo e que ele seria o candidato do DEM. Então, agora eu não fui enganado por ele, eu me deixei ser enganado, o prefeito é um político sem palavra e ingrato, pois, como já havia dito, a gratidão não faz parte de seu vocabulário“, disparou Petecão.
O senador comentou ainda às declarações do prefeito, que ele quer trazer a Frente Popular do Acre (FPA) de volta ao cenário político ao se aproximar do ex-prefeito Marcos Alexandre (sem partido).
“Essa coisa de que quero ressuscitar a FPA, de que vou trazer o PT de volta para o cenário político do Acre e todas as outras bobagem que ele fala por aí, eu quero só relembrar o prefeito, que deve ter esquecido de algumas coisas, que eu apoiei sim a FPA, mas eu tinha mandato, eu era parlamentar, agora o prefeito esqueceu que foi empregado do Jorge Viana, foi secretário, portanto empregado. Essa é a diferença, eu fui parlamentar e apoiava um projeto que julgava bom para o nosso Estado e o prefeito foi empregado, e um empregado ingrato, pois quando deixou de ser secretário, logo depois passou a criticar todos da FPA“, finalizou Petecão.