Apurações realizadas pelo Jornal Extra do Acre revelam que o jovem Francisco Rangelles da Silva Viana, conhecido como Careca, do Partido Progressista (PP), tem o caminho pavimentado para assumir a presidência da Câmara Municipal de Tarauacá. Com apoio consolidado dos oito vereadores que se registraram para disputar a eleição interna, Careca desponta como o nome que liderará o Legislativo a partir de 1º de janeiro de 2025.
A composição da mesa diretora deve contar, além de Careca como presidente, com Francinildo Conceição da Silva na vice-presidência, Pedro Claver de Souza Freire como 1º secretário e Camila Figueiredo Albuquerque na 2ª secretaria. Essa articulação, no entanto, não favorece o prefeito eleito Rodrigo Damasceno, também do PP, que declarou publicamente seu apoio à candidatura de Chagas Batista, do PCdoB, para o comando da Casa.
Embora Damasceno tenha se movimentado para eleger seu aliado, os bastidores políticos indicam que ele dificilmente conseguirá emplacar sua preferência. O possível fracasso nesta articulação expõe uma divisão evidente entre o Executivo e o Legislativo municipais antes mesmo do início do mandato, algo que pode gerar entraves na governabilidade.
A configuração política aponta para uma Câmara Municipal rachada, cenário que pode complicar a relação do prefeito eleito com os vereadores. Como já alertava o profeta Mateus: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.” A frase ganha relevância quando se considera o impacto de uma Casa Legislativa desunida para a condução de políticas públicas em Tarauacá.
O nome de Careca, político de primeiro mandato, representa a consolidação de uma liderança que pode desafiar o poder do Executivo municipal. Sua habilidade em articular apoios na Câmara reflete uma força política que transcende alianças partidárias, ao mesmo tempo em que evidencia a falta de articulação de Rodrigo Damasceno.
A ideia dessa frente ampla que conta com apoio de partidos como o PDT e o Podemos que apoiaram à reeleição de Maria Lucinéia mostra que o Legislativo não quer ser um puxadinho do Executivo em 2025.
Por extradoacre