Tanto as compras online quanto as feitas em lojas físicas superaram as projeções para o período
Brasil registra a melhor Black Friday em 4 anos.Fachada de loja com cartazes anunciando descontos na Black FridayCréditos: Paulo Pinto/Agência Brasil
A Black Friday deste ano trouxe um resultado inesperado e animador para o varejo brasileiro, tanto no online quanto nas lojas físicas. O "efeito Lula" – medidas de reaquecimento econômico e melhorias na renda dos consumidores – pode ter sido o principal catalisador do crescimento acima das projeções.
Dados de consultorias e empresas parceiras de varejistas divulgados pelo site "Valor" mostram que, entre quinta-feira (28) e a manhã deste domingo (1º), o faturamento do e-commerce subiu 11%, atingindo cerca de R$ 8 bilhões. Essa é a maior taxa de expansão desde 2020, quando a pandemia provocou um boom no varejo digital. A projeção inicial de alta era de 9%, segundo a Neotrust Confi.
Especialistas apontam que a antecipação da primeira parcela do 13º salário, paga na sexta-feira da Black Friday — algo que não acontecia desde 2019 —, foi um dos fatores decisivos para o desempenho.
Lojas físicas também registraram bons resultados, especialmente nos setores de moda, vestuário e calçados. Na sexta-feira, as vendas presenciais cresceram 23% em comparação ao mesmo dia de 2023, enquanto o crescimento semanal foi de 13%. O setor de calçados apresentou um aumento de 15% em relação ao ano anterior.
O "efeito Lula" também refletiu nos marketplaces, onde o faturamento saltou 24% em relação ao ano passado. Entre os dias 25 e 29 de novembro, a alta acumulada foi de 45%. Dados da Linx, do grupo StoneCo, indicam que, na sexta-feira, as vendas no online cresceram 76% em relação ao dia anterior e 4% comparado a 2023.
O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o aumento das vendas na Black Friday deste ano em publicação nas redes sociais nesta segunda-feira (2). "Boa segunda-feira depois da melhor black friday em anos", escreveu o mandatário.
Por revistaforum.com.br