Moradores fizeram registros da situação precária da ponte, e termo de referência do Dnit apontou fissuras, danificações e irregularidades
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Ao menos oito veículos caíram durante a tragédia, incluindo caminhões-tanque carregados com ácido sulfúrico e defensivos agrícolas. A contaminação do rio com material perigoso fez com que as buscam fossem suspensas por um período, mas elas já foram retomadas.
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Denúncias sobre rachaduras na ponte já eram feitas por quem passava pelo local há bastante tempo. Em um documento de janeiro de 2020, o Dnit apontou “vibrações excessivas”.
A análise do Dnit identificou também danificações no balanço lateral da ponte e irregularidades na geometria das lâminas (os pilares achatados que sustentavam a estrutura estavam tortos, o que era possível ver a olho nu). Além disso, expôs que as armaduras (ferragens) se encontravam expostas e corroídas. Havia fissuras em todos os pilares.
Em maio deste ano, os documentos que mostravam a situação da ponte foram anexados a um edital de R$ 13 milhões do Dnit para a contratação de empresa a fim de fornecer estudos preliminares e executar as obras de reabilitação da ponte. A licitação, no entanto, foi fracassada, sem que nenhuma empresa tenha vencido.
O edital fez parte do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (Proarte), do Dnit. No termo de referência, o Dnit apontava que a reabilitação da ponte se fazia necessária para que “sua integridade e segurança passem a ser compatíveis com as normas atuais”.
Após a tragédia, o Dnit informou em nota que técnicos da autarquia estão no local para acompanhar a situação e apontar possíveis causas do desabamento. Além disso, o órgão declarou que existe um contrato de manutenção da BR-226/TO ainda em vigência, até julho de 2026, que prevê a execução de serviços com o objetivo de melhorar a trafegabilidade e dar mais segurança aos usuários da rodovia.
Após ponte cair, governo anunciou reconstrução
Renan Filho visitou o local do acidente ao lado dos governadores Carlos Brandão, do Maranhão, e Wanderley Barbosa, de Tocantins, além do diretor do Dnit, Fabrício Galvão. O ministro também informou que haverá um decreto emergencial para acelerar a reconstrução da estrutura.
Segundo o ministro, a ponte deve ser entregue em 2025. “Temos todas as condições técnicas para reconstrução e também os recursos financeiros necessários”, ressaltou Filho.
PF investiga o caso
A Polícia Federal (PF) iniciou investigações nesta semana para apurar as responsabilidades que culminaram na queda da ponte que já vitimou quatro pessoas.
As diligências preliminares serão conduzidas pelas superintendências regionais da Polícia Federal no Maranhão e no Tocantins. Além disso, um procedimento de investigação precedente foi instaurado, e policiais federais já foram deslocados para coletar dados e evidências sobre o caso.
As equipes também irão avaliar as perícias necessárias e identificar demandas de equipamentos técnicos para aprofundar as apurações.
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Fonte: https://www.metropoles.com/