
A bancada federal do Acre na Câmara dos Deputados apresentou posições divergentes sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O levantamento, parte do Placar da Anistia do Estadão, mostrou que entre os oito parlamentares acreanos, apenas dois declararam apoio explícito à anistia, enquanto outros se recusaram a responder, não deram retorno ou manifestaram posição contrária.
O Coronel Ulysses (União Brasil) e Zezinho Barbary (PP) afirmaram ser favoráveis à anistia, ambos defendendo a anistia total, ou seja, isenção de pena e processo. O Coronel Ulysses também foi o único a declarar apoio à inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outras 33 pessoas denunciadas no Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo benefício.
Por outro lado, Antônia Lúcia (Republicanos) foi categórica ao dizer “não” às três perguntas do levantamento, posicionando-se contra a anistia e a extensão do benefício a Bolsonaro. Já Meire Serafim (União Brasil) e Socorro Neri (PP) preferiram não responder sobre o tema. Eduardo Velloso (União Brasil), Roberto Duarte (Republicanos) e Zé Adriano (PP) não retornaram ao contato para informar seu posicionamento.
O levantamento ouviu 395 dos 513 deputados, o equivalente a 77% da Casa, e identificou que ao menos um terço (182 parlamentares) apoia a anistia. Esse número é suficiente para garantir a apresentação do requerimento de urgência para votação no plenário, mas ainda está 75 votos aquém da maioria absoluta, necessária para aprovação do projeto.
A proposta de anistia é vista como uma tentativa de perdoar os envolvidos nas invasões em Brasília e, potencialmente, beneficiar Bolsonaro e seus aliados. O projeto de lei 2.858/2022, de autoria do deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), segue como o texto com a tramitação mais avançada no Legislativo.
Por ac24horas.com