Foi 2 a 0, mas valeu por seis. Afinal,
os jogadores do Botafogo avisaram
que precisariam apenas de “meio
a zero” para vingar a goleada de 6
a 0 sofrida na primeira fase. O time
alvinegro fez mais, com Fábio
Ferreira e Loco Abreu, em cobrança
de pênalti, conquistando a Taça
Guanabara pela segunda vez con-
secutiva. Resultado garante a presença na
final do Estadual pelo quinto ano seguido e comprova a regularidade do
Alvinegro na competição. Peça preponderante na reação da equipe, o técnico
Joel Santana também tem o que celebrar. Ele manteve a invencibilidade em
decisões de turno no Rio. Agora são 11 títulos. Leia mais aqui
Para chegar à vitória neste domingo, o time novamente contou com o ferrolho
defensivo e a eficácia do jogo aéreo, o mesmo que derrubou o Flamengo na semifinal.
O zagueiro Fábio Ferreira abriu o placar de cabeça e Loco Abreu ampliou,
em cobrança de pênalti.
O lance que originou o segundo gol, aliás, foi uma repetição
às avessas da reclamação alvinegra na Taça Guanabara de 2007.
Na ocasião, o árbitro Marcelo de Lima Henrique assinalou uma
falta de Ferrero em Fábio Luciano por causa de um puxão na
camisa. Desta vez, Nilton foi quem agarrou Abreu. O Vasco perdeu a invencibilidade no ano e a chance de
conquistar um turno no Rio desde 2004. O time de Vagner
Mancini também demonstrou excesso de nervosismo e teve
dois jogadores expulsos na etapa final. Autor de três gols na goleada da primeira fase, Dodô
teve atuação apática. Phillipe Coutinho também não repetiu
as boas atuações dos jogos anteriores e foi anulado pelos
defensores alvinegros. Dribles vascaínos contra chuveirinho do Botafogo
O Vasco utilizou-se da principal arma do rival para assustar,
aos dez minutos. Após cobrança de falta lateral, Carlos
Alberto cabeceou quase da marca de pênalti, rente à trave
esquerda.
A resposta do Botafogo veio com o veneno que vitimou
o Flamengo na última quarta-feira. Cruzamento na área,
Loco Abreu escorou, Alessandro bateu de primeira e Herrera,
em vez de empurrar para o gol, errou o tempo da jogada e
funcionou como zagueiro.
Com mais posse de bola, o Vasco recorreu aos chutes de média
distância. Carlos Alberto mandou por cima da trave aos 19.
Depois foi a vez de Márcio Careca arriscar e Jefferson segurar sem problema.
Sumido até então, Philippe Coutinho apareceu pela primeira vez
aos 28. Ele deu ótimo passe para Dodô, mas o artilheiro perdeu a passada e sequer finalizou.
O Botafogo novamente levantou a bola na área para levar perigo.
Lucio Flavio foi à ponta esquerda e cruzou na segunda trave
para Loco Abreu, que concluiu para fora. O uruguaio reclamou
de um pênalti de Fernando, após um carrinho vascaíno que
atingiu a canela dele. O árbitro Marcelo de Lima Henrique
ignorou a infração.
Philippe Coutinho novamente apareceu aos 38. Ele driblou Fahel,
entrou na área e chutou. A bola desviou em Wellington e saiu. Cabeça e pênalti dão título ao Botafogo Logo aos dois minutos,
Herrera recebeu lindo lançamento, entrou na área e chutou no
alto. Fernando Prass fez ótima defesa e evitou o gol botafoguense.
Escondido entre os zagueiros botafoguenses, Dodô nem de longe
lembrava o atacante que fez três gols na goleada por 6 a 0 do
Vasco na primeira fase. Coube então a Carlos Alberto ameaçar. Ele
avançou, driblou Leandro Guerreiro e chutou forte, à direita da
baliza de Jefferson.
A torcida alvinegra começou a pedir a entrada do talismã Caio.
No banco de reservas, Joel apenas coçou a cabeça. E assistiu
a Loco Abreu dominar muito mal um ótimo cruzamento de Lucio
Flavio. Ele foi desarmado por Titi.
No contra-ataque, Carlos Alberto recebeu de Philippe Coutinho
e buscou o ângulo esquerdo. Jefferson saltou e defendeu sem dar rebote.
Aos 16, Caio substituiu Lucio Flavio. A esperança do Botafogo
aumentou. Na primeira jogada, o xodó tropeçou e caiu no gramado.
Na segunda, deixou a bola passar por entre as pernas.
Mas só a presença em campo dele foi suficiente para o time abrir o
placar. Marcelo Cordeiro passou a cobrar os escanteios sem
Lucio Flavio. No primeiro deles, levantou na segunda trave, Fábio
Ferreira cabeceou para o chão e a bola entrou no canto esquerdo, aos 25.
A situação do Vasco complicou-se. E piorou ainda mais quando
Nilton deu carrinho violentíssimo em Caio e foi expulso. A festa a
lvinegra quase aumentou quando Herrera deu drible seco em
Fernando e chutou para fora.
Aos 39, Titi puxou Loco Abreu na área. Pênalti e outra expulsão.
Na cobrança, o uruguaio acertou o canto direito e ampliou.
Dali em diante, o time apenas administrou a vantagem enquando
nas arquibancadas os torcedores, em menor número, bradaram "vice é
o Vasco". Ah, e também não faltaram os gritos de 'Joel' e a provocação
ao 'Império do Amor', do Flamengo, derrotado na semifinal. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário