Brasília, Quarta-Feira, 1 de março de 2010
A defesa de José Roberto Arruda tenta sensibilizar o STF com duas ofertas. Uma é a “garantia” de que Arruda não voltaria ao governo. A outra oferta seria a entrega do passaporte à justiça como forma de demonstrar que Arruda não fugiria para o exterior.
As duas ofertas visam amolecer tanto o relator quanto aos demais membros do tribunal. Provavelmente, se Arruda renunciar o STF o libertaria já. Pelo fato de que perderia o poder de usar a máquina do governo para se defender ou obstruir as investigações da justiça.
A divulgação de sua intenção de que não voltaria ao governo – sem renunciar - não foi bem aceita. Foi compreendida como uma tentativa de acordo em um momento que não haveria espaço para tal. Arruda vai ser julgado de acordo com os termos da denúncia e a decisão do STJ. E, sobretudo, pela potencial capacidade de atrapalhar ou não as investigações.
Os advogados de Arruda declararam que seu estado de ânimo varia a cada dia. Uns dias mais otimista e outros muito pessimista. Considerando a variação de seu estado psicológico, qualquer compromisso assumido poderá ser mudado. Daí a sua renúncia, que é um fato definitivo, ser o caminho mais certo para tirá-lo da prisão o mais rápido Possível.
No momento, o mais prudente para a defesa de Arruda seria não fazer declarações para a imprensa e deixar o STF decidir. Existem razões para soltá-lo ou para mantê-lo preso. Depende da interpretação e dos humores.
enviado por Murillo de Aragão às 20h22m