Durante os dias, a umidade relativa do ar tem sido abaixo de 30% na região leste do Acre. Na tarde desta quarta-feira (18), a baixa umidade relativa chegou a 12%, sendo que normalmente varia de 80% a 90%. Naquele dia fez 40ºC de temperatura.
Não há registro de chuvas em qualquer ponto do Estado nos últimos cinco dias. Também não há previsão de chuva para os próximos cinco dias. A umidade relativa do ar deve manter-se entre 15% e 60% e a temperatura deve continuar oscilando entre 20ºC e 37ºC.
Aeroportos são fechados no Acre e Rondônia por causa da fumaça
Com visibilidade de apenas 900 metros, os aeroportos de Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) estão fechados nesta segunda-feira (16) para pouso e decolagem por causa da densa nuvem de fumaça que encobre as duas capitais.
Na tarde de domingo (15), a péssima condição de visibilidade causada pela fumaça das queimadas de florestas e pastagens impediu que um avião da Gol pousasse em Rio Branco. O vôo teve que ser desviado para Manaus (AM).
A estiagem em Rio Branco (AC) neste ano já é tão severa quanto a de 2005, quando 200 mil hectares de áreas abertas e quase 400 mil hectares de florestas primárias foram afetados pelos incêndios na região leste do Acre.
A baixa capacidade de captação de água do rio Acre para abastecer a cidade se agravou nos últimos dias por causa do “verão amazônico”. O engenheiro Semy Ferraz, presidente do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saeerb), alerta que o desperdício poderá resultar no desabastecimento da cidade.
Este período do ano caracteriza-se pela baixa concentração pluviométrica, baixa umidade relativa do ar e a intensidade dos ventos, que costumam favorecer o aumento das ocorrências de incêndios florestais na região.
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AC: risco de desastre faz governo declarar Estado de Alerta Ambiental
O governador Binho Marques (PT) decretou nesta segunda-feira (9) Estado de Alerta Ambiental no Acre em razão de iminente possibilidade de desastre decorrente da incidência de incêndio em coberturas florestais e queimadas descontroladas.
A decisão foi recomenda pela Comissão de Gestão de Riscos Ambientais, que não foi atendida em relação à suspensão das autorizações de queima.
O número de focos de calor registrados entre janeiro e julho de 2010 representa aumento de 123% em relação ao observado em 2008 e 587% em relação a 2009, ainda que menores em relação a 2005, quando a região foi palco de um incêndio.