terça-feira, 26 de outubro de 2010

Morre, aos 79 anos, o senador Romeu Tuma


Ele estava internado em São Paulo desde o dia 8 de setembro

O senador Romeu Tuma
O senador Romeu Tuma (Sergio Dutti/AE)
Morreu na tarde desta terça-feira, em São Paulo, o senador Romeu Tuma, de 79 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês desde o dia 8 de setembro. O senador foi candidato à reeleição no pleito deste ano. O símbolo da campanha do candidato do PTB era uma estrela de xerife, cargo que virou seu apelido, pela longa carreira na polícia de São Paulo. Tuma foi derrotado na disputa, vencida por Aloysio Nunes (PSDB) e Marta Suplicy (PT).
De acordo com o Senado Federal, Tuma morreu às 13h em decorrência de uma hemorragia e o corpo será velado na Assembléia Legislativa de São Paulo.

O senador foi internado no começo de setembro para uma bateria de exames, e acabou mantido no hospital por apresentar de problemas cardiovasculares. Uma semana antes ele havia apresentado um quadro de afonia, causado por uma infecção viral de vias aéreas. O médico responsável pelo tratamento era Rogério Tuma, neurologista, oncologista e filho do senador. Nas últimas semanas, o estado de saúde de Tuma piorou para um quadro de insuficiência renal e respiratória e ele precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

No começo de outubro, o senador foi submetido a uma cirurgia para colocação de um dispositivo de assistência ventricular chamado Berlin Heart. Conhecida como "coração artificial", trata-se de uma bomba ligada a um tubo que capta o sangue oxigenado que vem da veia pulmonar e o injeta diretamente na aorta, sem passar pelo lado esquerdo do coração – responsável por esse bombeamento.
Carreira - Nascido em 4 de outubro de 1931, o senador era casado com a professora Zilda Dirane Tuma. Ele deixa quatro filhos e nove netos. Tuma ingressou na polícia aos 20 anos de idade. Foi superintendente da Polícia Federal em São Paulo, diretor geral do Departamento de Polícia Federal e secretário da Receita. 
O “xerife” atuou em casos de grande repercussão, como a captura do mafioso italiano Thomazzo Buscheta, e teve como bandeiras o combate à exploração de índios, à devastação da Amazônia, à prostituição, ao tráfico de crianças e ao narcotráfico.
Tuma entrou para a política em 1995, eleito senador por São Paulo com 5,5 milhões de votos. Foi reeleito em 2002, com 7,3 milhões de votos. A experiência como policial se refletiu no trabalho do parlamentar. Tuma propôs modificações do Código Penal e da Lei de Execução Penal para diminuir a impunidade e apresentou projetos para reforçar as guardas municipais. Acumulou ainda a função de corregedor parlamentar do Senado, por oito anos, até 2008, com a tarefa de cuidar da segurança da Casa.

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