Pesquisa indica preocupação com causas coletivas, independentemente
da política partidária Amanda Polato e Marina Novaes, do R7
Um levantamento divulgado na última semana pode acender uma “luz vermelha”
nos partidos políticos do Brasil. De acordo com o estudo “Sonho Brasileiro”,
realizado com cerca de 3.000 pessoas de 18 a 24 anos em 23 Estados, 59%
dos brasileiros não têm preferência por uma legenda, embora a maioria dos
jovens demonstre preocupação com causas coletivas.
Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) obtidos pelo R7mostram que o
número de jovens ligados a partidos também não evoluiu nos últimos quatro anos
. Em 2007, dos 11,6 milhões de eleitores filiados a partidos, 552,7 mil tinham
idades entre 16 e 24 anos (4,5% do total). Já em 2011, entre 13,9 milhões de
agremiados, apenas 442,1 mil declararam pertencer a essa faixa etária (3,1% do
total) – os números, porém, podem variar, já que alguns eleitores deixaram de
informar suas idades.
Para o pesquisador Gabriel Milanez, da agência Box1824, que fez o estudo em
parceria com o instituto Datafolha, não é possível apontar apenas uma causa para
essa falta de identificação com o sistema político atual, embora seja evidente que
“os jovens se sentem cada vez menos representados pelos partidos existentes”.
O coordenador do Observatório Jovem, grupo de pesquisa da UFF (Universidade
Federal Fluminense), Paulo Carrano, avalia que é difícil apontar uma mudança de
comportamento, pois quase não há pesquisas das décadas passadas para se
comparar. Para ele, é errado afirmar que os jovens não se interessam por política
partidária, mas é possível entender porque muitos decidem defender suas bandeiras
por conta própria.
Os jovens se vinculam mais a causas e ideias, especialmente àquelas
em eles podem participar diretamente, controlar de maneira mais
‘horizontal’ e menos hierarquizada que em instituições. A adesão a
partidos significa um gasto de tempo, a tomada de uma posição em
termos de adesão a um programa institucional que nem sempre se
compreende, já que os partidos prometem uma coisa e fazem outra.
nos partidos políticos do Brasil. De acordo com o estudo “Sonho Brasileiro”,
realizado com cerca de 3.000 pessoas de 18 a 24 anos em 23 Estados, 59%
dos brasileiros não têm preferência por uma legenda, embora a maioria dos
jovens demonstre preocupação com causas coletivas.
Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) obtidos pelo R7mostram que o
número de jovens ligados a partidos também não evoluiu nos últimos quatro anos
. Em 2007, dos 11,6 milhões de eleitores filiados a partidos, 552,7 mil tinham
idades entre 16 e 24 anos (4,5% do total). Já em 2011, entre 13,9 milhões de
agremiados, apenas 442,1 mil declararam pertencer a essa faixa etária (3,1% do
total) – os números, porém, podem variar, já que alguns eleitores deixaram de
informar suas idades.
Para o pesquisador Gabriel Milanez, da agência Box1824, que fez o estudo em
parceria com o instituto Datafolha, não é possível apontar apenas uma causa para
essa falta de identificação com o sistema político atual, embora seja evidente que
“os jovens se sentem cada vez menos representados pelos partidos existentes”.
O coordenador do Observatório Jovem, grupo de pesquisa da UFF (Universidade
Federal Fluminense), Paulo Carrano, avalia que é difícil apontar uma mudança de
comportamento, pois quase não há pesquisas das décadas passadas para se
comparar. Para ele, é errado afirmar que os jovens não se interessam por política
partidária, mas é possível entender porque muitos decidem defender suas bandeiras
por conta própria.
Os jovens se vinculam mais a causas e ideias, especialmente àquelas
em eles podem participar diretamente, controlar de maneira mais
‘horizontal’ e menos hierarquizada que em instituições. A adesão a
partidos significa um gasto de tempo, a tomada de uma posição em
termos de adesão a um programa institucional que nem sempre se
compreende, já que os partidos prometem uma coisa e fazem outra.
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