sexta-feira, 2 de setembro de 2011


Educação e violência: a nova didática enfrentada pelos educadores e a sociedade

Embora o governo do povo do Acre tente continuar escondendo, a violência ainda é o calcanhar de Aquiles dessa administração. O vereador Zenil [PPS] de Sena Madureira, está coberto de razão. “O Estado precisa investir mais em educação, prevenção e menos em Penitenciária”. 

Vou recordar aqui uma frase do educador e ex-senador Darci Ribeiro, ele dizia que para minimizar os indicativos graves de violência, os governos deveriam assumir a educação como prioridade orçamentária, como prioridade de metas e investir nos salários dos servidores da educação, nas infra-estruturas e também na qualificação dos profissionais. 

Em Sena Madureira, por exemplo, só existe uma escola com ensino médio. A cidade é a terceira mais populosa do Estado, com 37 mil habitantes. O que foi debatido ontem, durante a audiência pública, deixa claro que os reflexos dos problemas setoriais da educação, acaba sendo gestão. 

E ai não dá pra gente creditar toda essa conta nas costas do Zen. As greves e os movimentos por uma educação melhor acontecem há décadas. Quem conhece orçamento público, FPM, FUNDEB, sabe que dinheiro tem de rolo, mas falta dos nossos gestores, compromisso verdadeiro de se colocar em prática mecanismos mais eficientes de fiscalização do erário e normas que aprimorem a chegada de recursos lá na ponta, para os educadores e os alunos, a comunidade escolar. 

O governo errou mais uma vez em implantar mudanças de reordenamento de alunos, sem consultar os pais. O modelo apresentado por Zen ontem, está errado porque segundo ele, o debate veio de cima para baixo, quando na verdade, a comunidade deveria ter sido consultada primeira. 

O que temos visto são políticas públicas atendendo a demandas eleitoreiras. Se Zen vai mudar isso, somente o tempo dirá, boa vontade ele tem. É esperar para ver. Estão de parabéns os deputados que levantaram o debate e que em parte, resolveram o problema de reordenamento. Ficaram duas pautas para serem fiscalizadas: a violência no entorno da escola Messias Rodrigues; a violência dentro da escola, na estrutura inacabada do auditório que deveria servir de um ambiente cultural e saudável para a relação de alunos e comunidade. Vamos ver quem vem de público assumir esse ônus. Dizer onde foi colocado o dinheiro de terminar a obra. 

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