domingo, 10 de junho de 2012


TCE questiona supostas diárias recebidas por Tião Bocalom da Câmara de Vereadores de Acrelândia

10 de junho de 2012 - 8:24:15
O papel de paladino da ética desempenhado nas últimas eleições pelo pré-candidato à prefeitura de Rio Branco pelo PSDB, Tião Bocalom, recebeu o primeiro golpe ontem, durante a exibição do programa Tribuna Livre, da TV Rio Branco, canal 8. Bocalom foi confrontado durante o debate por um documento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) em que ele aparece como beneficiário de nove diárias pagas em 2010 pela Câmara de Vereadores de Acrelândia, município do qual foi prefeito por três mandatos.
Apresentado por um dos debatedores do Tribuna Livre, o fato enervou o tucano e sua assessoria. Bocalom negou ter recebido dinheiro público, primeiro afirmando se tratar de um mero erro de digitação do seu CPF no lugar do CPF do ex-presidente da Câmara de Acrelândia, Fernando José da Costa, o Pinté, assassinado em 2010. Em seguida, munido de documentos que supostamente comprovariam o erro, disse que não descartava a possibilidade de que tudo fosse “armação do governo” para prejudicar sua imagem.
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DENÚNCIA contra Bocalom acirrou os
ânimos durante a gravação do Tribuna Livre
As cópias dos documentos não foram deixadas na emissora, apesar de analisadas pelos integrantes do Tribuna Livre. Neles constam o nome do ex-presidente da Câmara de Vereadores, os números de cheques emitidos e cópia de pedido de diárias nos mesmos valores questionados pelo TCE. Não há, porém, nenhum documento oficial do órgão constatando o suposto erro.
Tião Bocalom também disse não saber como seu nome e número de CPF teriam aparecido de forma equivocada em um documento de pagamento de diárias a Fernando José da Costa, o Pinté. Por não ser servidor da Câmara de Vereadores do município, ele não teria direito a receber diária. O caso está sendo analisado por técnicos do tribunal.

Irritação

Visivelmente abalados com a denúncia, os assessores de Tião Bocalom passaram, no intervalo do programa, a bater boca com os participantes do Tribuna Livre e com a sua produção. O jornalista Jairo Carioca, assessor de imprensa do deputado Major Rocha, também do PSDB, questionou o fato de a denúncia não ter sido “aprofundada” antes de ser veiculada no debate. Depois passou a dizer que a emissora estaria fazendo “celeuma” com o caso.
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TCE investiga o caso, para o qual o
pré-candidato tucano deu duas versões diferentes
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Após a gravação, que ocorreu na tarde de sexta-feira, outro assessor de Bocalom chegou a agredir verbalmente o diretor de jornalismo da emissora, Marcio Nunes, chamando-o de “pau mandado”.
Os demais integrantes da equipe do tucano deixaram o local afirmando que Bocalom não participaria mais dos debates.
Escrito por Archibaldo Antunes, do Página 20
Rio Branco, Acre

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