Recentemente eu publiquei um artigo sobre 10 Perguntas que irão melhorar os resultados em qualquer
área da vida. Posso dizer que este artigo irá complementar as
informações do primeiro. Sugiro a leitura de ambos.
Quando eu comecei minha carreira, a chave para o sucesso era ter
as respostas certas. Se o chefe tivesse uma dúvida, ele esperava que eu tivesse
a resposta – ou pelo menos soubesse como encontra-la. Aqueles que progrediam na
carreira mais rapidamente eram aqueles que possuíam a maioria das respostas.
Mas, conforme eu comecei a subir as escadas corporativas, descobri
que a chave para o sucesso começou a mudar. Acabou se tornando cada vez menos
importante ter a resposta certa e cada vez mais importante saber fazer as perguntas certas.
Na era do Google, as respostas são a parte fácil do negócio. Você
pode pesquisar virtualmente por qualquer coisa e ter a resposta quase que
instantaneamente. Mas isso só acontece quando você sabe fazer a pergunta certa.
Se você quer se tornar um líder de sucesso, você deverá aprender a
fazer boas perguntas. Vou listar algumas habilidades para te ajudar a mudar de
nível.
1) Faça perguntas mais
amplas –
perguntas que podem ser respondidas com “sim” ou “não” são perguntas estreitas.
Elas não geral discussão além de raramente produzem inovação. Ao fazer
perguntas mais amplas, você receberá um conteúdo bem melhor como resposta. Por
exemplo, ao invés de perguntar “Você está feliz com seus resultados?”, você
pode dizer “Como você acredita ter obtido os resultados que você gerou?”. A
primeira pergunta pode ser respondida com “sim” ou “não”. A segunda convida à
reflexão e à discussão;
2) Vá além das suposições – todos as decisões
de negócios são baseadas em suposições. Se você não compreender bem essas
suposições, você pode acabar tomando uma péssima decisão. É sempre muito útil
se pergunta primeiro – e depois a seus colegas – “O que estamos supondo neste
cenário?”. Então você deverá descascar cada camada do problema até que você
esteja confortável com as suposições. É aqui que as pessoas comentem os erros.
A lógica pode ser perfeita, mas se ela foi construída em suposições falsas,
você acabará com uma conclusão falha;
3) Ouça os dois lados da
história – é fácil ouvir um lado da história, agir com a informação,
e então ficar embaraçado quando você descobrir que você possuí apenas a metade
dos fatos. Eu já devo ter feito isso uma centena de vezes. Eu acredito estar
melhorando em ouvir os dois lados da história, mas eu ainda me considero “em recuperação”.
Eu preciso me lembrar constantemente que existem no mínimo dois lados em todas as histórias;
4) Faça perguntas de
acompanhamento – evite a tentação de fazer comentários em cada pergunta.
Algumas vezes que gosto de contar quantas perguntas eu consigo fazer sem fazer
comentários. É fantástico o que você pode aprender quando age assim. Isso torna
seus comentários é decisões muito mais profundos. Geralmente você não consegue
chegar ao verdadeiro problema antes de fazer várias perguntas profundas;
5) Fique confortável com o silêncio – muitas pessoas
ficam desconfortáveis quando as coisas ficam quietas. Elas se sentem na
obrigação de preencher o vazio com palavras. Você pode usar isso a seu favor
apenas mantendo a boca fechada e os ouvidos atentos. Quando você consegue, você
geralmente descobre que as pessoas fornecem voluntariamente um monte de
informações que você jamais conseguiria de outra maneira;
6) Ajude às pessoas a
terem suas próprias ideias – uma das melhores maneiras de guiar os outros é perguntar
ao invés de informar. Sim, você pode pontuar seus subordinados, mas suas ideias
jamais serão tão significativas para eles quanto são para você. Você conseguirá
muito mais ao lidera-los com boas perguntas. Uma de minhas favoritas,
especialmente quando acontece um erro ou desapontamento, é “o que podemos
aprender com esta experiência que poderá ser útil para nós no futuro?”;
7) Compreenda a diferença
entre fatos e especulação – um dos chefes que ajudou em minha formação me disse uma
vez “tenha certeza que você está me dizendo o que você sabe e o que você
acredita que sabe, e garanta que eu saiba a diferença”. As pessoas fazem
qualquer tipo de afirmação que elas acreditam ser baseadas em fatos. Isso
geralmente faz com que você desligue o seu radar. Geralmente você deve
perguntar “você reconhece isso como um fato?”. Se a resposta for sim, “Como
você sabe?” ou “Você pode me mostrar a fonte dessa estatística ou reivindicação?”.
Finalmente, quando você fizer perguntas, faça anotações. Isso
demonstra muito respeito à pessoa que você está entrevistando. Ajuda muito
também quando o ambiente fica silencioso. Você pode verificar suas anotações e
descobrir novas perguntas que ainda não havia pensado ou perguntado.
Forte Abraço,
André Cruz
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