Marcos Coimbra: o ódio da oposição nasce de onde?
Em artigo publicado na CartaCapital, Marcos Coimbra avalia que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ao longo da AP 470, “nunca foi julgador, mas acusador”.
Para Coimbra, “desde a fase inicial, parecia considerar-se imbuído da missão de condenar e castigar os envolvidos a penas ‘exemplares’, como se estivesse no cumprimento de um desígnio de Deus. Nunca mostrou ter a dúvida necessária à aplicação equilibrada da lei”.
“Legitimou evidências tênues e admitiu provas amplamente questionáveis contra os acusados, inovou em matéria jurídica para prejudicá-los, foi criativo no estabelecimento de uma processualística que inibisse a defesa, usou as prerrogativas de relator do processo para constranger seus pares, aproveitou-se dos vínculos com grande parte da mídia para acuar quem o confrontasse.”
Coimbra ainda aponta a disseminação do ódio junto a eleitores e pergunta: “O ódio que um pedaço da oposição sente atualmente nasce de onde? Da aversão (irracional) às mudanças que nossa sociedade experimentou de Lula para cá? Do temor (racional) que Dilma Rousseff vença a eleição de 2014? Da estupidez de acreditar que nasceram agora problemas (como a corrupção) que inexistiam (ou eram “pequenos”)? Da necessidade de macaquear os porta-vozes do conservadorismo (como acontece com qualquer modismo)?”.
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