A ex-senadora Marina Silva (PSB) diz que irá respeitar a posição de seu partido no Acre de apoiar a candidatura à reeleição do governador Tião Viana (PT). A decisão do PSB acriano de estar no palanque petista criou constrangimento para Marina por ser a candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos (PE), que terá como adversária a presidente Dilma Rousseff (PT).
Em visita ao Acre neste fim de semana, Marina se reuniu com os dirigentes da Rede e do PSB. Quanto ao partido que criou para disputar a Presidência em 2014, mas não se viabilizando a tempo, ela afirmou a Rede no Acre ainda não tem um posicionamento oficial sobre quem apoiará ao governo local.
Desde a fundação da FPA (Frente Popular do Acre) no início da década de 1990, o PSB dá sustentação ao governo do PT. Hoje a legenda tem o vice-governador César Messias, filiado ao partido em 2012 após a ida de sua legenda, o PP, para a oposição.
“A Rede ainda não fez esta discussão. Nós respeitamos a trajetória do PSB de estar com a Frente Popular desde sempre. Eu e o Eduardo [Campos] estabelecemos que primeiro vamos tratar do programa, das diretrizes programáticas. A partir destas diretrizes vamos discutir a situação nos Estados. O PSB fará a sua discussão, a Rede fará sua discussão e depois vai debater conjuntamente”, disse Marina.
Segundo ela, onde for possível Rede e PSB terem uma posição conjunta as siglas estarão unidas. “Onde não for possível cada partido tem a autonomia para seguir seu caminho”, afirma.
Se a Rede não está definida no Acre, o PSB é martelo batido no apoio à reeleição de Tião Viana, que tentará o quinto mandato sucessivo do PT. “O PSB não só apoia a Frente Popular, como faz parte deste projeto. Já conversamos com a executiva nacional e vamos esperar a definição da Rede”, diz o vice-governador César Messias.
Nas duas últimas eleições, Marina Silva apoiou o PT dos irmãos Tião e Jorge Viana. Em 2010, quando ainda estava no PV e disputava a Presidência, optou por estar com os petistas. Em 2012 declarou apoio ao então candidato a prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre (PT), no segundo turno. Marina é uma das fundadoras do PT acriano, por onde foi eleita senadora pela primeira vez em 1994.
Fábio Pontes
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