terça-feira, 4 de março de 2014

Alianças proporcionais é entrave no “blocão” da oposição liderado por Bittar


Depois do desgaste provocado pelas negociações para a indicação do vice de Márcio Bittar (PSDB) na disputa pelo Palácio Rio Branco, agora o conselho político da oposição, composto por 10 partidos e conhecido como “blocão”, enfrenta problemas para fechar acordos em torno das disputas proporcionais para deputado estadual e federal. 
O gargalo maior está na Câmara dos Deputados, onde uma “batalha de morte” é tida como certa por o grupo deter nomes potenciais na disputa. A forma como os partidos vão para a disputa é essencial para aumentar ou reduzir as chances de vitória. O número de cadeiras é pequeno: oito.
 Para analistas, é certo que haja uma divisão, com governo e oposição obtendo, cada um, a metade dos assentos. Hoje os adversários de Sebastião Viana (PT) são maioria, com cinco deputados federais. O principal interessado nesta disputa é o PMDB, que pode fazer até dois parlamentares. 
Os favoritos são o já deputado Flaviano Melo e o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales. O duro posicionamento do PMDB na disputa majoritária –já que Sales também se apresenta como candidato ao governo – é visto como estratégia para melhor se colocar na disputa proporcional. 
Exceto o prefeito de Cruzeiro do Sul, os peemedebistas não têm outro nome a compor chapa com Bittar. “O interesse maior do PMDB não é indicar o vice, mas ter uma boa coligação para eleger seus deputados federais. Há uma ordem no plano nacional do  PMDB ampliar a base na Câmara para reduzir a força do PT”, diz um membro do conselho político. 
O PMDB quer coligação de preferência com legendas que não ponham em risco suas chances de fazer dois nomes, obtendo um vantajoso quociente eleitoral. A tese do “chapão” é a mais defendida dentro do grupo, mas outras lideranças a rejeitam. A ideia é fazer uma divisão entre os partidos. 
O PSDB apostará suas fichas na candidatura da esposa de Bittar, Márcia Bittar. Seu nome é apontado como favorito dentro da oposição já que ela terá o empenho do marido para assegurar um mandato em caso de derrota para o governo. 
Também vista como forte está a deputada Antônia Lúcia (PSC), de olho na reeleição. Sem Gladson Cameli, o PP investirá no advogado Neto Ribeiro, membro de uma das famílias mais tradicionais do Estado. 


A perspectiva é que até o fim da primeira quinzena de março todas estas equações aritméticas estejam solucionadas para que a chapa majoritária do “blocão” esteja definida. Para encontrar as fórmulas exatas, os condutores políticos da aliança vão ter que bater muita cabeça. 
Fábio Pontes, da editoria de política do ac24horas

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