PALAVRA DE QUEM ENTENDE DA POLÍTICA

Bittar: Porque tudo o que é sólido pode derreter

Quando candidatos proporcionais abandonam uma campanha, quando aliados também largam os majoritários pelo caminho, é porque as coisas chegaram chegaram a seu pior momento, no nosso caso, ao seu final. É assim que o ambiente do 45 está, deixado a própria sorte, todos já sabemos que o trem saiu dos trilhos no PSDB, aqui e na disputa presidencial. Já não há como esconder, com Bittar e o PSDB, a campanha vive se final.
De um lado Bittar, isolado e largado à própria sorte, resultado de erros que o majoritário carrega desde muito tempo. Do outro lado, um candidato ao senado em carreira solo, cuidando apenas de si mesmo, pouco se importando com o azar dos outros. Os candidatos proporcionais, e seus apoiados, fazem o mesmo. Flaviano, Petecão, Rocha e todos os demais simplesmente querem distancia do majoritário. Como dizem os jovens na gíria: Já deu, fui!
A campanha de Bittar é um deserto onde ninguém é responsável por ninguém,e pior, é todos contra todos. Flaviano Melo sequer a propaganda de Bittar expõe junto com  a sua, é o jogo do esconde, os demais apenas repetem o gesto de isolar o majoritário.
Aécio Neves, presidenciável que foi o âncora dos apoios financeiros e material da campanha da coligação de Bittar, virou poeria com a chegada de Marina. Aécio despencou para um distante terceiro lugar, num buraco negro de onde jamais poderá sairá;O drama de Aécio é o pesadelo de Bittar, sem mandato e sem sustentação,vê sua aliança andar aos tropeços, somente a história melhor poderá julgar, mesmo assim se tiver boa vontade para fazê-lo.
Sem apoios nacionais, com Aécio representando agora mais um fardo que uma vantagem,seus aliados buscam escapar da tormenta, alguns abandonam o navio sem jogo de cena, pulam do barco, é a hora do desespero e do vale tudo.O candidato Rocha, que parecia ser carne e unha com Bittar, começou a soltar munição contra, e cobra em público a cota de sangue que ele julga ter de saldo no motim tucano. É a noite das facas longas nesses tipos de aliança, onde pactos e antigos afetos se desmancham por que nunca foram sólidos.
Os proporcionais se comportam na aliança de Bittar como zumbis, vagando na campanha sem norte, sem líderes, apenas tentando sobreviver mais um dia. Dramática cena de se ver, tantas energias perdidas, e no fim, quem poderá salvá-los?
Na campanha, alheio ao que se passa em volta, um Bittar “autista” joga propostas ao vento, idéias mirabolantes na TV e nas ruas. Dia desses propôs  coisas que não se ligam a coisa alguma,quando não impossíveis de serem cumpridas, num malabarismo mal ensaiado, ele nem se dá conta do papel patético que está cumprindo. Seus marqueteiros, ao que parecem sumiram também, devem ter entregue a condução da campanha ao Birico, único gênio capaz de  pensar a desconstrução da figura do majoritário do jeito que está.
Não terminamos ainda, pois,observe o leitor as campanhas milionárias de Gladson e Antonia Lúcia, um sucesso financeiro nunca nunca antes visto nestes lados do Brasil. Um detalhe leitor: Na propaganda deles dois,excluíram Bittar dos cartazes e das placas, e nem citam mais o majoritário no rádio. É uma operação de apagamento do candidato majoritário, a tecla Delete de Gladson e da missionária apagou Bittar do mapa. Uma ruindade, diria minhas tias lá de Feijó.
Já dizíamos, meses atras, que Bittar corria riscos sérios de sair candidato e de terminar sua vida politica no Acre diminuído, apequenado. Deu no que deu, e agora é tarde, a coisa toda está derretendo, afinal, tudo o que é  sólido se desmancha.
Por Possidônio Correia de Alcântara – Historiador

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