Nas eleições de 2014, o PSDB e seus aliados em todo o Brasil, especialmente no Acre, arquitetaram um golpe para tirar o PT do poder. O golpe teria de ser grande porque no país os petistas já vão para 16 anos no comando e para 20 anos no estado, onde tem mostrado serviço e o povo tem sido grato nas urnas.
O golpe dos tucanos foi arquitetado contando com o poderio econômico das elites de São Paulo e do vizinho Estado do Amazonas, que promoveram uma das campanhas mais milionárias que se tem notícia na história política do Brasil e do Acre, onde elegeram o senador Gladson Cameli para virar o quarto senador amazonense.
O fruto do golpe tucano amazonense-paulista que elegeu Cameli como senador se deu bem ao estilo coronelístico de José Sarney, que agora está abandonando a política, mas foi eleito senador por 16 anos pelo Amapá, mas nunca passou do quarto senador do Maranhão, onde sempre atuou.
O golpe das elites paulistas no Acre veio através da grande onda de ódio contra o PT montada pelo PSDB para eleger o senador tucano Aécio Neves presidente da República, levando como troco no Acre a eleição do tucano Márcio Bittar. O plano tucano era derrubar petista lá, aqui e em outros locais.
O plano do “poder pelo poder” arquitetado pelos tucanos foi sustentado pelo maior pool que se tem notícia na chamada grande imprensa nacional, formado pela TV Globo, revista Veja e jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, e seus repetidores nos estados.
Esses veículos e seus repetidores simplesmente tentaram pregar a desconstrução do país até o último dia 26, usando e manipulando índices e indicadores nacionais para Aécio vencer as eleições e varrer Dilma, Lula e o PT do cenário político nacional. Levando de quebra Tião Viana.
Pelo que se viu dos resultados apertados, da eleição nacional e da acreana, os tucanos quase conseguiram seu intento. E só não chegaram lá devido a alguns fatores que pesaram muito na hora do eleitor votar, tanto aqui quanto no restante do país.
O primeiro deles foi a forte liderança exercida por Tião Viana aqui e Dilma Rousseff lá, que souberam passar para suas militâncias as suas determinações de ganharem as eleições. O segundo fator foi a o poder da grande onda vermelha que as duas lideranças petistas souberam impor na reta final da campanha nos cenários nacional e acreano.
Some-se a isso o fato de Dilma e Tião terem sabido mostrar no horário eleitoral, nos debates televisivos e em toda a mídia, tanto no primeiro quanto no segundo turno, as suas fortes ações de governo, que se constituíram de avanços econômicos e sociais consideráveis e impossíveis de serem totalmente desmentidos pelos tucanos e sua mídia.
Nas falas e nos braços das aguerridas militâncias petistas foi fácil, então, sair pelo Acre e Brasil afora mostrando quem fez mais, quem está preparado para fazer mais e quem tem competência e honestidade para fazer o que de fato o país e sua população carente estão mais precisando.
As escolhas de Dilma Rousseff e de Tião Viana mostraram que a maioria do povo brasileiro entendeu quem estava falando a verdade e quem só fazia promessas mirabolantes, como fizeram Bittar e Aécio. Venceu a verdade.
Romerito Aquino * – * Jornalista