Pesquisa revela que 48% dos acreanos têm conhecimento de compra de votos

48% dos acreanos têm conhecimento de compra de votos
Uma pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as Eleições 2014 traçou um perfil do que pensa o eleitorado brasileiro sobre o trabalho desempenhado pela Justiça Eleitoral. 
Com uma amostra de quantitativa de quase dois mil eleitores, entre 18 a 60 anos,  a pesquisa revelou aspectos como confiabilidade, segurança das urnas, biometria e crimes eleitorais, entre outros.
A amostragem acabou comprovando o óbvio: o grande índice, independente de classe social, de um dos crimes mais perigosos à democracia: a compra de votos.
Segundo a publicação do TSE, dos 1.964 eleitores entrevistados, 28% declararam ter testemunhado ou conhecido casos de compra de votos nas eleições de 2014.
De acordo com o gráfico quantitativo, o Acre aparece empatado com o Maranhão, que registram o segundo maior índice de crime por compra de votos com 48%, perdendo somente para Roraima com 71%.
As cidades com os menores índices de compra de votos foram Paraná e Distrito Federal com 21%, seguidos de São Paulo e Minas Gerais, com 22% e Rio de Janeiro com 23%.
A pesquisa revelou ainda outro dado importante: a falta de confiabilidade da população com relação à urna eletrônica. Ao atribuírem uma nota que ia de zero a dez, 38% dos entrevistados afirmaram que não confiam no sistema das urnas eletrônicas e atribuíram notas de zero a quatro, outros 27% deram nota de cinco a sete e outros 35% de oito a dez, gerando uma nota média cinco (5) de confiabilidade.
Outro dado relevante foi quanto à obrigatoriedade do voto. 76% dos entrevistados declararam ser contrária a obrigatoriedade e também afirmaram não crer que o voto seja secreto como afirma a Justiça Eleitoral, a principal alegação do descrédito seria devido a interferência e livre acesso dos ‘poderosos da política’ e autoridades do judiciário (juízes, polícias e outros) ao sistema eletrônico eleitoral.

Ao avaliarem o trabalho desenvolvido pela Justiça Eleitoral nas Eleições 2014, 38% do eleitorado brasileiro atribuíram notas de oito a dez, 35% deram notas de cinco a sete e 27% de zero a quatro.
Ângela Rodrigues, da redação do ac24horas

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