Uma pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) sobre as Eleições 2014 traçou um perfil do que pensa o
eleitorado brasileiro sobre o trabalho desempenhado pela Justiça Eleitoral.
Com
uma amostra de quantitativa de quase dois mil eleitores, entre 18 a 60
anos, a pesquisa revelou aspectos como confiabilidade, segurança das
urnas, biometria e crimes eleitorais, entre outros.
A amostragem acabou
comprovando o óbvio: o grande índice, independente de classe social, de um dos
crimes mais perigosos à democracia: a compra de votos.
Segundo a publicação
do TSE, dos 1.964 eleitores entrevistados, 28% declararam ter testemunhado
ou conhecido casos de compra de votos nas eleições de 2014.
De acordo com o
gráfico quantitativo, o Acre aparece empatado com o Maranhão, que registram o
segundo maior índice de crime por compra de votos com 48%, perdendo somente
para Roraima com 71%.
As cidades com os
menores índices de compra de votos foram Paraná e Distrito Federal com 21%,
seguidos de São Paulo e Minas Gerais, com 22% e Rio de Janeiro com 23%.
A pesquisa revelou
ainda outro dado importante: a falta de confiabilidade da população com relação
à urna eletrônica. Ao atribuírem uma nota que ia de zero a dez, 38% dos
entrevistados afirmaram que não confiam no sistema das urnas eletrônicas e
atribuíram notas de zero a quatro, outros 27% deram nota de cinco a sete e
outros 35% de oito a dez, gerando uma nota média cinco (5) de confiabilidade.
Outro dado relevante
foi quanto à obrigatoriedade do voto. 76% dos entrevistados declararam ser contrária
a obrigatoriedade e também afirmaram não crer que o voto seja secreto como
afirma a Justiça Eleitoral, a principal alegação do descrédito seria devido a
interferência e livre acesso dos ‘poderosos da política’ e autoridades do
judiciário (juízes, polícias e outros) ao sistema eletrônico eleitoral.
Ao avaliarem o
trabalho desenvolvido pela Justiça Eleitoral nas Eleições 2014, 38% do
eleitorado brasileiro atribuíram notas de oito a dez, 35% deram notas de cinco
a sete e 27% de zero a quatro.
Ângela Rodrigues, da redação do ac24horas