Oposição em busca de um discurso para 2016


O senador Gladson Cameli (PP) depois de um natural fascínio pelo novo cargo que alcançou parece ter acordado para a responsabilidade da liderança política que os 218 mil votos lhe conferiram. Ele programou uma série de encontros com parlamentares, prefeitos e presidente de partidos de oposição para debater um discurso convincente às forças de oposição acreana já visando as eleições municipais de 2016. Na terça, 28, programou no seu apartamento, em Brasília, um encontro com a bancada federal oposicionista. Os deputados federais Flaviano Melo (PMDB), Major Rocha (PSDB), Jéssica Sales (PMDB) e o senador  Sérgio Petecão (PSD) conversaram sobre os temas relativos ao momento político do Acre. Querem criar uma estratégia para unir as forças partidárias tanto em relação as ações dos mandatos federais no Estado quanto também às próximas eleições municipais. Posteriormente encontros similares reunirão os deputados estaduais, os prefeitos e os partidos de oposição. A ideia é chegar em 2016 com um discurso unificado. Ao final marcaram para o próximo dia 5 de maio um encontro com todas as forças de oposição, em Rio Branco.
Admitir o erro é o caminho para corrigi-loAcho mais fácil a bancada governista admitir os problemas que a saúde pública do Acre atravessa do que responder a oposição de maneira estabanada. Os avanços devem ser lembrados em outras sessões, não quando trazem problemas sérios à tribuna.
O parto da discórdiaO vídeo que rodou o Brasil com uma mulher dando à luz na recepção da Maternidade Barbara Heliodora chocou. A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) denunciou. Pelas falas em defesa da Maternidade do líder do governo, Daniel Zen (PT) e do ex-sindicalista, deputado Raimundinho da Saúde (PTN) parece que o bebê que nasceu inadvertidamente era um oposicionista que já veio para tumultuar o ambiente.
Mais problemasO deputado Gehlen Diniz (PP) cobrou o funcionamento dos aparelhos de radioterapia do Estado. Quem tem câncer não pode esperar. Ou será que alguém quer ter essa doença fatal para confrontar o Governo do Acre?
A dor ultrapassa a questão técnicaJá reparei no detalhe que Daniel Zen utiliza para defender o Governo nas suas falas. Ele sempre levanta que para se falar de uma coisa ou outra é preciso ter conhecimento técnico. No caso da saúde não é preciso ter conhecimento técnico para saber se está com diarreia ou dores no corpo. A urgência da cura ultrapassa a técnica.
Cumprindo o seu papelJá escrevei e repito, Daniel Zen é um ótimo deputado. Tem uma boa formação cultural e política. Mas recebe algumas missões espinhosas. Claro que houve melhorias na saúde pública do Acre. Mas nessa área os problemas surgem todos os dias e é preciso lidar com eles com tranquilidade.
ExageradoSe depender do deputado estadual Lourival Marques (PT) o desemprego do Acre vai acabar rapidamente. Sempre que defende um projeto governista fala do número de empregos que serão gerados. A abordagem seria correta se esses números sugeridos pelo parlamentar não fossem sempre muito altos. Claro que torço para as previsões otimistas se confirmarem na realidade.
Negócio da ChinaA autorização dada pelos deputados na ALEAC para o Governo vender uma área de terra pública de 67.183,79 metros quadrados a empresários é questionável. Segundo Lourival Marques a construção de um prédio e a geração de milhares de empregos justifica a venda do patrimônio do Estado. Ali será construído o Centro Integrado de Ensino e Pesquisa em Segurança Pública (CIEPS).
Olha só quem está falando!O deputado estadual Nicolau Júnior (PP) fez um bom discurso sobre a trágica situação da BR 364. Inclusive, relacionou a questão com as soluções necessárias ao transporte aéreo para a região do Juruá, o que procede porque as duas coisas andam juntas.
A polêmica plenária do PTConversei com o presidente municipal do PT de Rio Branco, vereador Gabriel Forneck (PT). Quis saber se afinal convidaram ou não o senador Jorge Viana (PT) para o evento que aconteceu sábado passado, 25. Ele me respondeu que três semanas antes da plenária houve uma reunião com todos os assessores dos deputados federais e do senador. Mas que de fato, posteriormente, não foi feito convite impresso para ninguém. O aviso foi dado por meios eletrônicos e que não havia uma programação pré-determinada. Gabriel explicou que a plenária seria para ouvir os militantes do partido e os detentores de mandato fariam pronunciamento rápidos.
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