NOTA DE ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE
É do conhecimento de todos que fui linchada moralmente por ter, segundo as notícias dos jornais e redes sociais, agredido uma criança com síndrome de down, e de ter proferido palavras dizendo que a criança deveria ser trancada numa jaula e de que não deveria conviver em sociedade. Essa versão se espalhou tão rápida e avassaladoramente que fui exposta à execração pública, até nacionalmente. Não tive mesmo reação nem forças para me defender. Recuperando-me dos dias que vivi, esclareço os fatos como aconteceram.
Na data de 14 de setembro, pela manhã, estava em companhia de meu esposo, na sede da Unimed, aguardando atendimento num dos guichês, e enquanto isso, mexia no meu celular. Em dado momento, percebi uma batida em minhas costas, e num ato automático joguei minha mão para trás, sendo que só depois percebi se tratar de uma criança com síndrome de down.
Minha reação não machucou a criança, nem mesmo levou a criança a chorar. Quando a mãe retornou até onde estava a criança expliquei o que tinha acontecido, mas ela não quis conversa, chamando-me de “louca”, “desequilibrada” e que eu estava me trocando com uma criança. Tanto a mãe do menino quanto o pai me insultavam, e eu não aguentando mais, comecei a reagir, verbalmente, também, contra a mãe e o pai do menino.
Em nenhum momento chamei a criança de débil mental ou que ela deveria ficar trancada em uma jaula para não viver em sociedade. O que disse para mãe é que ela deveria educar mais a criança para que ela não ficasse batendo nos outros, pois antes de dizer isso a ela, soube que a criança tinha feito o mesmo com o meu esposo. O pai da criança dizia que ia me matar, e com muita raiva da situação eu disse a ele que não me ameaçasse, se quisesse fazer, me matasse, logo. Meu marido ainda tentou explicar que o ato tinha sido automático, pedindo desculpas, mas ele não aceitou e o chamou de “merda”.
Eles resolveram, então, registrar o B.O, e divulgaram as imagens com a versão deles.
Entenda o caso
Um vídeo gravado por uma câmera de segurança registrou o momento em que a médica Sirlândia Brito agride um menino de seis anos, que tem Síndrome de Down, em uma unidade de saúde de Rio Branco.
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