"Não há dúvida que o Brasil resiste à denúncia da Odebrecht. O que não deve resistir é à proposta da selvageria do liberalismo. Felizmente!", postou o senador no Twitter neste domingo 30, fazendo referência à frase atribuída ao juiz Sérgio Moro pela revista Veja; "É triste e inimagináveis as razões que levam o congresso nacional a aderir a predação proposta pelo Meireles e o capital financeiro. A proposta de congelamento de gastos acompanhada da liberação para pagamento de juros da dívida não auditada é uma regressão à barbárie", critica Requião; ele comenta ainda a denúncia da Odebrecht contra José Serra: "Para mim é bem claro que um sujeito com vocação de ministro das relações exteriores tenha recebido um Pixuleco fora do Brasil. LÓGICO!"
MÍDIA
Em artigo sobre o comportamento da mídia após a denúncia da Odebrecht contra José Serra, o jornalista George Marques, que escreve sobre os bastidores da política, analisa: "Passado quase 48 horas que a matéria da Folha denuncia que o ministro José Serra (PSDB) teria recebido cerca de R$ 23 milhões em propina, fruto de corrupção e caixa dois da Odebrecht, os jornais O Globo, Estadão, G1, entre outros veículos e articulistas da Grande Imprensa sequer tocam no assunto. Houve um cala-boca geral nas redações. Esse tipo de conveniência faz parte do jornalismo de omissão, de compadrio, do jornalismo rasteiro e imoral"; "Capturado pelo poder econômico, o jornalismo no Brasil passa por um momento de descrédito, subserviência e de proteção conveniente. Há um outro caminho a seguir?", questiona
BRASIL
Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que congrega 40 mil famílias em 11 estados, Guilherme Boulos prevê um 2017 de conflitos no Brasil, mas sobretudo na maior cidade do país; "São Paulo vai virar uma praça de guerra", diz, antevendo que o novo prefeito irá usar a força para reprimir a luta pela moradia; para Boulos, Sergio Moro "não é uma referência de Justiça" e " tem mentalidade de justiceiro"; "Para ele vale qualquer coisa, até passar por cima da constituição, para que ele possa pegar quem ele quer pegar", opina; questionado se o MTST irá às ruas se Lula for preso, ele diz: "Uma prisão arbitrária do Lula não é um ataque apenas ao Lula. É uma declaração de guerra. Evidente que vai gerar reações"
MINAS 247
Senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), comemorou o que chamou de "segunda onda azul que está tomando conta do país como já havia acontecido no primeiro turno", em referência aos candidatos tucanos que se elegeram na primeira fase da eleição municipal e em relação a expectativa sobre o segundo turno.; ele também disse comemorar o "triste fim do PT em Belo Horizonte e triste destino do PT no Brasil, que nessas 90 maiores cidades estará administrando entre duas ou três, no máximo. Portanto, estou extremamente feliz com o que fizemos no Brasil"
ECONOMIA
À frente da maior recessão da história do País, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avisa que a retomada, se e quando vier, será medíocre; "Não há dúvida de que a retomada do crescimento será um processo mais lento do que em crises anteriores. Pela dimensão do deficit público, pelo tamanho da recessão, e porque a crise demorou muito. As empresas precisam se reestruturar, as pessoas têm que pagar dívidas. Não será uma retomada esfuziante", diz ele; Meirelles também se posicionou contra a taxação dos mais ricos, com impostos sobre fortunas e dividendos; "A tributação brasileira já é muito elevada, e a despesa pública também é muito elevada. Temos que controlar as duas coisas"; ele também vê pouco espaço para colher benefícios de sua política econômica e se tornar candidato
PARANÁ 247
Defesa também quis juntar aos autos informações sobre 84 missões empresariais de Lula em dois mandatos presidenciais, para atestar que o petista não agia em benefício exclusivo da Odebrecht; o juiz Sérgio Moro disse, contudo, que as missões são "irrelevantes" para o processo
PODER
"De vez em quando, temos um pouco dessas tensões no ar. É normal. Diante de tantas medidas termos essas fricções mais fortes. É normal que haja aqui ou acolá uma palavra mais ríspida, mais dura. (O problema) Acabou se resolvendo como e resolve esse tipo de conflito: com diálogo e também com medidas judiciais cabíveis", disse o presidente do TSE e ministro do STF Gilmar Mendes, ao abrir as eleições no Rio de Janeiro neste domingo 30
MUNDO
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse neste domingo 30 que seu país "vai reconstruir tudo" que foi devastado pelos constantes terremotos que estão atingindo a região central da Itália nas últimas semanas; "As pessoas devem saber que precisamos assumir um compromisso claro: tudo será reconstruído em seu tempo", disse Renzi, lembrando que as regiões afetadas são "a alma do país"; tremor sentido neste domingo, de 6,5 graus, foi o maior registrado no país desde 1980
Em artigo publicado neste domingo, os procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martello, integrantes da Lava Jato, condenaram a iniciativa de deputados e senadores que pretendem anistiar o crime de caixa dois, no momento em que a delação da Odebrecht ameaça vários políticos, como José Serra, que recebeu R$ 23 milhões na Suíça; "Prepara-se o terreno para, em evidente desvio de finalidade, aprovar projetos de abuso de autoridade, de obstáculos à colaboração premiada, de alterações na leniência e de anistia ao caixa dois", dizem eles; "Se forem aprovados projetos como os mencionados, seguiremos o caminho da Itália, que lutou contra a corrupção, mas perdeu"
PODER
A colaboração premiada da Odebrecht, definida por Veja como "a delação do fim do mundo", coloca a narrativa oficial da Lava Jato em xeque; Lula é acusado de se beneficiar de obras num sítio e num apartamento de praia que não lhe pertencem; Serra, por sua vez, foi apontado como beneficiário de depósitos de R$ 23 milhões numa conta suíça, que, se tiver seu sigilo quebrado, poderá revelar valores muito maiores do caixa dois tucano; em artigo publicado neste domingo, o cientista político Marcos Coimbra, da Vox Populi, aponta, que a seletividade judicial no País só tem contribuído para tornar Lula ainda mais forte nas pesquisas; por outro, não há como puni-lo sem antes fustigar minimamente políticos como Serra que se beneficiaram de esquemas multimilionários
Em seu depoimento como delator na Operação Lava Jato, Flávio Barra, que é ex-diretor da Andrade Gutierrez, deu detalhes do pagamento de propina ao ex-ministro Edison Lobão num esquema para construção da Usina de Belo Monte; informações são do colunista Lauro Jarim, em O Globo; Barra conta que encontro Lobão em Brasília e o então ministro de Minas e Energia pediu R$ 600 mil; o dinheiro foi entregue ao seu filho Marcio, no Rio de Janeiro
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, votou sozinho na manhã deste domingo, em São Conrado, e não quis relevar seu voto neste segundo turno: "O voto é secreto e respeito muito isso"; Paes disse que preferiu ficar mais distante na campanha do segundo turno, mas que agora voltará "um pouquinho para as ruas"; prefeito se colocou à disposição do novo gestor para iniciar o processo de transição e afirmou que deixará a prefeitura com "uma situação financeira estável, ao contrário da maioria dos entes da federação"
Senador fala sobre a "possibilidade real" de e "oportunidade única" do Rio em poder "eleger, pela primeira vez, desde a vitória de Saturnino Braga, em 1985, um prefeito de esquerda, um prefeito identificado com os interesses da maioria do povo da cidade", contra um candidato que tem "uma concepção fundamentalista da política e das relações sociais"; "Num quadro como esse, a responsabilidade de todo militante de esquerda é apoiar, sem titubear, a candidatura de Marcelo Freixo", defende o senador
PARANÁ 247
O deputado federal João Arruda (PMDB-PR) divulgou um áudio na noite deste sábado 29 nas redes sociais em que um militante do MBL confirma ter se reunido com o chefe da Casa Civil do Estado, Valdir Rossoni (PSDB), para discutir as desocupações de escolas no Paraná; "Áudio exclusivo mostra que o Richa está fomentando os confrontos durante as ocupações das escolas no Paraná. Primeira mão pra você!", denunciou no Twitter; confira
Dono da Delta Engenharia, o empresário Fernando Cavendish decidiu contar, em sua delação premiada na Operação Saqueador, detalhes das farras do ex-governador Sergio Cabral, em suas viagens a Paris, dando ainda informações sobre os ex-secretários Wilson Carlos e Sérgio Côrtes; segundo o colunista Lauro Jardim, o padrão de consumo da turma, que foi chamada pelo ex-governador Anthony Garotinho de "gangue dos guardanapos", era padrão Versailles
Investigação brasileira, que teve a cooperação das autoridades do país europeu, mostra falhas e feridas no sistema bancário que tenta mostrar ao mundo nos últimos anos que as contas secretas haviam acabado; devassa recente resultou no bloqueio de mil contas em 42 instituições, além de US$ 800 milhões congelados
Presidente da Câmara, eleito para terminar o mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve o mandato cassado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) não pode disputar a reeleição, mas procura uma brecha jurídica para poder viabilizar sua candidatura; os aliados afirmam que o deputado pretende usar como parâmetro o caso de Garibaldi Alves, que também assumiu um mandato-tampão na presidência do Senado no lugar de Renan Calheiros
Se o governador Geraldo Alckmin ganhou pontos para disputar o Planalto daqui dois anos pelo PSDB, com a vitória de João Doria em primeiro turno em São Paulo, o senador Aécio Neves corre risco de sair enfraquecido da eleição em Belo Horizonte, onde o candidato tucano, João Leite, está atrás nas pesquisas do segundo turno
Juiz federal Sérgio Moro gravou vídeo com trecho de um discurso feito pelo presidente norte-americano Theodoro Roosevelt, em 1903, condenando a corrupção; trecho é o mesmo utilizado na condenação do ex-senador Gim Argello (PTB-DF) a 19 anos de prisão pela prática do delito; "Não existe crime mais sério que a corrupção", destacou; discurso também defende a exposição dos crimes e dos investigados; "Exposição e a punição da corrupção pública são uma honra para uma nação, não uma desgraça. A vergonha reside na tolerância, não na correção", cravou Moro