A DURA REALIDADE DE TARAUACÁ


A Situação urbana de Tarauacá é muito mais séria e complexa do que dizem os políticos em campanha eleitoral -e também, do que dizem os que críticos dos políticos . A cidade de Tarauacá, foi construída na Foz do Rio Murú, no início do século passado, em uma área vulnerável e de alagadiços.

Em 1926, em viagem aos rios da Amazônia, o padre, Constant Testevin, aos passar por Tarauacá, (na época Seabra) descreveu Tarauacá. "A entrada de Tarauacá é razoavelmente pitoresca: dois molhes de madeira, de apenas 1,50 metro de largura, ligam o rio à terra firme por cima das terras inundáveis, numa extensão de aproximadamente 100 a 200 metros. Dos dois lados do molhe de desembarque, em frente à Foz do Murú, espalham- se casas construídas sobre estacas, e que estão ligadas à escada principal por passagem mais ou menos larga, de acordo com a importância da casa".

A cidade de Tarauacá tem mais 100 anos, e somente em 2013, foi dado início um projeto de planejamento e ordenamento urbano. Mudar essa realidade, requer tempo, recursos, visão de futuro e acima de tudo, compromisso com uma nova cidade.

Quando a atual prefeita terminar seu mandato, ( espero que seja 2020) já serão praticamente, uma década, a mesma família governando uma cidade. Seu pai, 1985/1988, a filha, 2012/2013 e 2017/ 2020, Qual será o avanço em termos de infraestrutura urbana, humanização e qualidade de vida?. Vamos aguardar os anos que virão.

Para avançar nesse processo de mudança e humanização da cidade é preciso ter humilde para reconhecer que, o caminho foi aberto na gestão anterior- e é preciso seguir adiante. Os projetos técnicos e as leis aprovadas no período de 2013/2016 , são os instrumentos básicos necessários para a resolução gradual dos problemas reclamados.

Reforma do plano diretor que define o reordenamento do crescimento e da expansão urbana, com definição das áreas de moradias, de proteção ambiental. Nesse sentido foi elaborado em parceria com o governo estadual e federal, um projeto para a construção de 1000 casas para atender as demandas das famílias que moram nas áreas de risco. Foi construído também o plano municipal de gestão integrada e de resíduos sólidos- e o plano de mobilidade urbana.

Esses instrumentos técnicos e legais são indispensáveis para a capitação de recursos e gestão de uma nova política urbana. Esses passos iniciais não aconteceram sem estremecimento. A oposição jogou contra. Dizim que o governo municipal estava agindo contra a liberdade das pessoas de morar onde elas desejavam, ou seja, nas áreas alagadiças e de risco. Além de ter explorado muito o assunto na campanha eleitoral

É importante ressaltar que, entres erros e acertos da gestão, (2013/2016) um legado precisa ser reconhecido: a proibição de construção de novas moradias em áreas impróprias, aquisição de áreas de terras para assentar famílias despejadas pela justiça de áreas de ocupação, ( gestão anterior) com escola, postos de saúde e infraestrutura.

Já durante a campanha, a oposição, ( hoje situação) passou incentivar novas ocupações de forma desordenada e sem critérios. Com os resultados das urnas em 1 de outubro, o processo de ocupação em áreas de risco e impróprias para moradias, se expraiou por toda cidade. Espero que atual gestão, reveja os seus conceitos de cidade- e trabalhe para fazer Tarauacá, uma cidade mais humana, habitáve e que ofereça melhor qualidade de vida à seus habitantes.

EM TEMPO: Hoje a tarde, andando pela cidade, ouvir de um humilde trabalhador." Se vocês ganharem a próxima eleição, por favor, não vão mais falar de construir moradias em terra firme, deixem as pessoas construírem em qualquer lugar, porque é isso que dar votos". A realidade é mesmo dura!

FONTE: FACEBBOK DO C BATISTA

Post a Comment

Postagem Anterior Próxima Postagem