Os dirigentes do Sinteac em Tarauacá vão realizar uma ampla mobilização da sociedade organizada no município para a realização de um grande Dia de Protesto contra medida que ficou conhecida como “PEC da Morte”, proposta pelo governo federal, que aumenta o tempo de serviço e de contribuição dos trabalhadores. Com o novo Regime Geral de Previdência proposto pelo Governo Temer, os trabalhadores precisarão contribuir por até 49 anos para reivindicar uma aposentadoria integral.
Na data de 15 de março, haverá em todo o país, um dia nacional de protestos contra a proposta.
Presidente do Sinteac Lauro Benigno
Em Tarauacá, O Movimento 'Vem Pra Rua Tarauacá' que sempre foi encabeçado pelo Sinteac, estará dialogando com as diversas organizações populares, servidores públicos, estudantes e trabalhadores de maneira geral, para ocuparem as ruas do município em protesto. A ideia foi consolidada no seminário sobre reforma da previdência promovido pela entidade recentemente em Tarauacá, que contou com as presenças de dirigentes sindicais e de outras organizações populares do município, além de gestores escolares.
"A ideia do movimento é sensibilizar nossa bancada de deputados federais, Cesar Messias, Raimundo Angelim, Jéssica Sales, Moisés Diniz, Alan Rick, Flaviano Melo, Major Rocha, Léo Brito e senadores Jorge Viana, Sérgio Petecão e Gladson Cameli, para se manifestarem contrários à proposta. Vamos realizar o protesto e encaminhar documentos a todos eles em nome do povo de Tarauacá", disse o presidente do Sinteac, Lauro Benigno.
Segundo o sindicalista, a 'PEC da Morte' aumenta o tempo de serviço, por exemplo, das professoras por mais 24 anos, enquanto dos professores em mais 29 anos. Com a mudança, os educadores precisarão trabalhar até os 65 anos de idade, enquanto pelo regime antigo as professoras poderiam se aposentar as 50 anos e os professores com 55 anos.
Para conquistar o direito da aposentadoria, os trabalhadores em educação têm que contribuir com a previdência por 49 anos e o limite mínimo para solicitar a aposentadoria será de 65 anos. As mulheres serão equiparadas aos homens, com as novas mudanças no Regime Geral de Previdência.
Em contrapartida, os trabalhadores rurais precisarão contribuir por 25 anos para conquistarem o benefício da aposentadoria. Já os jovens precisarão começar a trabalhar aos 16 anos de idade, para conseguir se aposentar com o salário integral aos 65 anos.