O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF que não pode investigar as acusações feitas em delação premiada pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado contra Michel Temer, argumentando que a Constituição impediria a apuração por se tratar de “atos estranhos ao exercício do mandato”.
Foto: Leonardo Prado/PGR/Divulgação
"Significa que há impossibilidade de investigação do presidente da República, na vigência de seu mandato, sobre atos estranhos ao exercício de suas funções", escreveu Rodrigo Janot na petição enviada na última terça-feira (28) ao relator da Lava Jato na Corte, ministro Luiz Edson Fachin.
O ex-dirigente da Transpetro, no acordo de delação premiada fechado com a PGR, relatou que Temer pediu verba para o ex-deputado federal Gabriel Chalita, então no PMDB, para a campanha à prefeitura de São Paulo em 2012. Em um encontro entre Temer e Machado, foi acertado o valor de R$ 1,5 milhão para a campanha, pagos pela construtora Queiroz Galvão ao diretório do PMDB. Na época da denúncia, Temer disse que uma pessoa que tivesse cometido os "delitos irresponsáveis" apontados "não teria condições de presidir o país".
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