Numa fala ontem à coluna, o candidato ao governo, senador Gladson Cameli (PP), teceu alguns comentários sobre como vai ser a sua campanha. Otimista, não admite nem discutir a realização de um segundo turno. Organizou a campanha, que era seu ponto fraco, diz estar preparado para os debates e enfatiza que não há adversário melhor para debater do que com o prefeito Marcus Alexandre (PT). Falou sobre o segundo voto para o Senado e a escolha do nome para ser o seu vice. Abaixo, tópicos da conversa política:
DEBATES – Vou a tantos quanto forem marcados durante a campanha. Estou preparado para discutir qualquer assunto sobre o Estado, porque estudei os seus problemas. E para mim é muito bom que do outro lado do debate tenha o Marcus Alexandre (PT). Sei o abacaxi que vou pegar ao assumir o governo. Faço questão que tenham muitos debates com os meus adversários.
PRIMEIRO TURNO- Farei uma campanha moderna, organizada, profissional, para ganhar no primeiro turno. Tenho dados de pesquisas para fazer esta afirmação. E ninguém se admire se também ganhar a eleição em Rio Branco, reduto do PT. Sinto isso nas visitas que faço aos bairros e nas abordagens que sofro da população querendo mudança, um novo modelo de desenvolvimento para o Acre. Querem mudança, não querem mais o PT, cansaram!
SEGUNDO VOTO DO SENADO- Reuni os deputados da oposição e comecei a conversa pelo deputado Nicolau Junior (PP), que é da família, dizendo que quem quiser ficar ao meu lado terá que dar os dois votos para os nossos candidatos a senadores, Sérgio Petecão (PSD) e Márcio Bittar (PMDB). Agora cabe aos candidatos ao Senado sentar com cada deputado e conversar sobre as parcerias. Eu fiz a minha parte buscando a unidade.
VICE-GOVERNADOR- Espero definir este assunto ainda este ano. Estou aguardando as articulações dos partidos em torno de um nome. Tem o médico Eduardo Veloso, o Conselheiro do TCE, Valmir Ribeiro (com este ainda não conversei), e outros, que estão sendo falados. Mas não há nada definido. Não quero um nome apenas para servir de enfeite. Tem que me ajudar a governar e a desenvolver o Acre.
ATAQUES NA CAMPANHA- Vão acontecer de forma pesada e baixa, estou preparado para isso, sei como agem os meus adversários. Até num restaurante que vou com a minha mulher aparece alguém para ficar filmando. Estou deixando até de sair na noite para evitar as provocações. A questão é que sou um político de ficha-limpa. A Lava-Jato vasculhou todas as minhas contas e da minha família. Investigaram dos meus fios do cabelo até o dedo mindinho e não acharam nada. Ao final fui liberado sem uma mácula. Vão me atacar em que, nos debates?Repito: sou um candidato ficha-limpa. A Lava-Jato é que atestou.
CANDIDATURAS ALTERNATIVAS – Vou tratar da minha campanha, sem se importar com candidaturas que venham sair também de dentro da oposição.Vou me preocupar apenas com a minha eleição. Não penso em segundo turno porque o meu trabalho e para sair vencedor já no primeiro turno. Vou para a disputa com aqueles que me apoiam. E sairemos vencedores.
LANÇAMENTO DO VICE
O deputado federal Major Rocha (PSDB) disse ontem à coluna que no próximo dia 1º, um grupo de partidos da oposição, onde só não estarão o PMDB e o DEM, estarão lançando um manifesto de apoio à candidatura do médico Eduardo Veloso (PMDB) para vice-governador, na chapa do senador Gladson Cameli (PP). Para Rocha, Eduardo é um nome novo e que congrega.
BOCALOM NÃO QUER CONVERSA
Procurado por um grupo de apoiadores da candidatura de Gladson Cameli (PP) ao governo, com a proposta de ser o nome que poderia unir a oposição como vice, o ex-prefeito Tião Bocalom (DEM) recusou por seu nome na discussão e reafirmou o seu compromisso com a candidatura do Coronel PM Ulysses (PATRIOTAS) ao governo. “Não quebro palavra”, justificou.
PELÉ NÃO MARCHARÁ COM O PP
O empresário Pelé, a principal figura política do PMDB, em Feijó, e seu grupo político, deverão apoiar a candidatura do Coronel PM Ulysses (PATRIOTAS) para o governo. Argumenta que o PP quebrou o compromisso de que seria o candidato único à prefeitura de Feijó e não cumpriu.“O meu grupo tem todo o direito de não apoiar o Gladson para o Governo”, justificou.
ALAN RECEBE CONVITE DO PMDB
“Estão sendo abertas dissidências dentro do DEM, dos que não querem apoiar a candidatura do Coronel PM Ulysses (PATRIOTAS) para o Governo. Boa parte quer apoiar a candidatura do Gladson para governador. O deputado federal Alan Rick (DEM) me disse e não pediu segredo que, recebeu convite para entrar no PMDB e que, se o Tião Bocalom continuar na sua intransigência de apoiar o Ulysses, poderá deixar o DEM. O deputado Antonio Pedro (DEM) já me falou que apoiará o Gladson. Esta é a situação do DEM”. As informações são do membro do diretório municipal do DEM, Pedro Nogueira, que anunciou estar deixando o partido.
PROS FORA
O dirigente do PRB, Diego Rodrigues, me ligou ontem para dizer que o PROS, com a deputada Maria Antonia, não vai figurar na coligação do PRB-PODEMOS- PDT. “Pelo seu potencial, a deputada Maria Antonia é para disputar uma eleição no chapão do PT”, pontuou Diego.
ANTONIO PEDRO ABRE DISSIDÊNCIA
O deputado Antonio Pedro (DEM) me revelou ontem ser contra o DEM entrar numa coligação para apoiar o Coronel PM Ulysses (PATRIOTAS) ao governo. “Não me consultaram sobre isso, sou do DEM; gosto do DEM, quero ficar no DEM e, espero que, o presidente Tião Bocalom volte atrás para todos se unirem na oposição. Caso ele não recuar, eu apoiarei o Gladson”, disse.
BASES PEDEM
O deputado Antonio Pedro (DEM) justifica a sua decisão pelo fato de que as suas bases políticas defendem uma candidatura única da oposição ao governo. Afiança que todos querem se unir em torno do Gladson Cameli (PP) para governador.
SÉRIOS PROBLEMAS
Pelo visto, o presidente do DEM, Tião Bocalom, começa a ficar isolado no partido. Caso venha a perder o apoio na empreitada de levar o DEM a apoiar o Coronel PM Ulysses (PATRIOTAS) ao governo, dos deputados Alan Rick e Antonio Pedro, os dois únicos parlamentares da sigla, ele ficará muito enfraquecido politicamente. Mas, não vejo como suficiente para voltar atrás.
NÃO RECUA UM MILÍMETRO
Em política não tem nada que possa ser irreversível, mas pelo que eu conheço do Tião Bocalom é pouco provável que reflua na sua posição de apoiar uma candidatura alternativa ao governo. Tem dito isso de uma forma muito segura aos que lhe fazem a proposta.
FESTA DA FPA
Em ato a acontecer hoje às 8 horas na Biblioteca Pública, a FPA estará apresentando a sua chapa completa para as disputas majoritárias. Emylson Farias (PDT) será o vice, Marcus Alexandre (PT) para o governo, Jorge Viana (PT) e Ney Amorim (PT) ao Senado, com Nazaré Araújo (PT) e Márcia Regina (PSB), como respectivas primeiras suplentes. O jogo está na mesa.
ENFIM, NO PSB
Ontem, aconteceu a filiação da Procuradora Márcia Regina, no PSB. Os fatos que lhe moveram a tomar a decisão é que seu pai Sansão Ribeiro e o marido Dr. Julinho, são filiados ao partido.
TEMOR DE 2020
Um aliado do prefeito de Senador Guiomard, André Maia, me disse ontem que o seu temor é que o senador Gladson Cameli (PP) se eleja governador, a mulher do seu adversário James Gomes (PP), Mailza Gomes, assuma o Senado e eles lancem um candidato a prefeito em 2020.
ESPAÇO PRÓPRIO
O presidente do PDT, Luiz Tchê, acerta em buscar espaço próprio para o partido crescer e não ficar na dependência política do PT. Ter chapas próprias para a ALEAC e Federal é o caminho para o partido deslanchar e ser respeitado, no contexto da FPA.
CRAVO E FERRADURA
O presidente do PSC, Jamil Asfury, sairá candidato a deputado federal pela oposição e a sua mulher, Pastora Sandra Asfury, está na chapa do PDT que disputará uma vaga de deputada estadual. É o que se pode chamar de dar uma batida no prego e outra na ferradura.
OPOSIÇÃO EM EBULIÇÃO
A oposição é toda efervescência com a “Operação Abafa Bocalom”, que tem como objetivo esvaziar o DEM para que com isso, ele retire o apoio à candidatura do Coronel PM Ulysses (PATRIOTAS) a governador. O único deputado do DEM na ALEAC, Antonio Pedro, anunciou que, espera o recuo do partido e não havendo, irá apoiar o candidato Gladson Cameli (PP). O deputado federal Alan Rick (DEM) recebeu convite para se filiar ao PMDB e admite a ideia. Tião Bocalom (DEM) tem dito que não quebra a palavra empenhada e por isso não recuará. O grupo que quer uma candidatura única ao governo joga todas as suas fichas para debilitar o DEM,como forma de lhe obrigar a capitular da ideia de uma candidatura alternativa a governador. É esperar em que essa baita confusão política vai desaguar. Falta os “liberais” se posicionar.