A reforma da previdência proposta por Temer (PMDB) e apoiada pela Confederação Nacional da Industria (CNI)- com direito a propaganda no intervalo do Fantástico (programa dominical da TV Globo)- é igual a Lei do Sexagenários, instituída no ano de 1885 pelo imperador do Dom Pedro II. Essa lei concedia liberdade aos escravos que atingisse aos 60 anos de idade. Contudo, a lei beneficiou mais os donos de escravos do que mesmo os próprios. Poucos eram os que atingiam os 60 anos, e quando logravam tal êxito já não tinha mais força para exercer nenhum tipo de atividade, logo tal lei beneficiou os proprietários da mão de obra escrava, pois deixavam de manter escravos improdutivos e largavam-o a própria sorte.
Do mesmo modo é a lei do TEMOR, pois só poderemos nos aposentar aos 65 e 63, homens e mulheres, respectivamente. Bem como, só podendo receber os 100% do valor do teto previdenciário se tiver contribuído quarenta anos. Logo, dificilmente alguém vai conseguir contribuir quarenta anos para ter direito ao valor máximo do teto previdenciário, e também poucos são os lugares do país aonde o cidadão consegue alcançar essa idade.
Outra semelhança entre a Lei do Sexagenário e a proposta do Temer, é que os escravos ao completar os 60 anos ainda teriam que trabalhar mais três anos de graças para o seu dono, só assim ganhariam a tão sonhada "liberdade". Na proposta de Temer, na transição da lei, o contribuinte terá que trabalhar mais um terço além do prazo que falta, por exemplo, se faltar um ano para um trabalhador se aposentar, ele terá que prestar serviço mais quatro meses. Totalizando um ano e quatro meses.
Além disso, a reforma trabalhista, ou melhor dizendo, a reforma que legaliza a escravidão no país, corrobora para que ninguém se aposente.
Por Leandro Matthaus
Blog Tarauacá Agora
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