Com o centrão (formado por PP, DEM, PR, SD e PRB) sendo cortejado como a cereja do bolo das eleições para o campo da direita, o posto de cúpula mais assediada ocupado por anos pelo MDB ficou de lado. Com um governo que tem rejeição recorde, nem mesmo o seu candidato, o ex-ministro Henrique Meirelles, tem feito a defesa de Michel Temer.
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A situação é tão desgastante para o governo, que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta sexta-feira (27) que o governo ainda não possui um candidato definido e que Meirelles, que ainda precisa garantir maioria no MDB para disputar a Presidência da República, defende o trabalho realizado por ele na pasta - não o conjunto do governo Temer.
Para tentar engatar a sua candidatura e aumentar o índice nas pesquisas de inteção de voto Meirelles tem feito sua pré-campanha divulgando ações econômicas à frente do Ministério da Fazenda no governo Temer e do Banco Central durante o governo Lula, para ver se pega uma rabeira na popularidade do ex-presidente.
"O governo não tem candidato neste momento. Quem tem candidato é o MDB, e o candidato que leva a proposta do governo é o Meirelles. Ou nós estamos com o Meirelles ou não tem candidato", respondeu Padilha ao ser questionado se o governo teria dificuldades em se aliar ao tucano Geraldo Alckmin na disputa presidencial.
Padilha demonstrou certo incômodo ao ser questionado sobre se o governo não tinha mesmo um candidato.
"O candidato claro do governo, que leva a proposta do governo, é o ministro Meirelles. Não que ele defenda o governo, ele defende o trabalho dele. O trabalho dele é o trabalho do governo, em tese. Então, ao defender a ele (mesmo), ele defende o governo junto", disse o confuso Padilha.
Ele afirmou que não trabalha com a hipótese de mudanças entre os nomes que disputarão a presidência. "O quadro está cristalizado", afirmou o ministro. O seu partido tenta atrair pelo menos uma legenda para compor aliança à candidatura de Meirelles.
No entanto, Padilha entende que abrir as negociações poderia prejudicar um eventual acordo. "O presidente (do MDB, Romero) Jucá e o ministro Meirelles ainda trabalham com a possibilidade de uma aliança. Vai ter que ter. Alguém que pudesse representar o Nordeste seria muito bom", disse.
Do Portal Vermelho, com informações de agências
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