quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Com quase 380 incêndios em um mês, governo cria força-tarefa para combater queimadas e desmatamento no Acre

Governo montou força-tarefa nesta terça (31) para elaborar estratégias preventivas no período de estiagem. Defesa Civil diz que em 90% dos incêndios a causa é humana.


Com quase 380 incêndios em um mês, governo cria força-tarefa para combater queimadas e desmatamento no Acre (Foto: Divulgação/Ascom Corpo de Bombeiros)

O Acre registrou 379 incêndios durante o mês de julho, segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema). O município de Tarauacá, no interior do Acre, lidera o ranking com 57 focos de calor. O número é menor que o registrado em julho de 2017 quando houve 442 registros de queimadas ilegais.

Nesta terça-feira (31), a Sema anunciou a criação de uma força-tarefa para combater as queimadas e o desmatamento no Acre. O objetivo é buscar estratégias de combate e medidas preventivas unindo órgãos federais, estaduais e municipais.

Entre os órgãos que fazem parte da força-tarefa estão Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Corpo de Bombeiros Militar do Acre, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco (Semeia), Defesa Civil Estadual, Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Em Rio Branco, segundo o secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, o maior registro de incêndios ocorre na área urbana da capital. Além disso, os municípios de Bujari e Tarauacá são áreas de alerta para fazer combate e prevenção.

“Esse é um período muito seco e muitos focos de calor começando a surgir. Então, esses dois próximos meses, agosto e setembro, são meses de pico tradicional de queimadas aqui no estado. Mas queríamos pedir que as pessoas tenham consciência e não façam queimas na zona urbana e nem rural”, pede o secretário.

O coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil estadual, diz que mais de 30 instituições devem integrar a força-tarefa. Ele destacou que devem atuar na prevenção e resposta nos eixos de saúde, incêndios florestais nas áreas rurais e abastecimento de água potável principalmente em regiões onde a captação de água é feita através de poços.

Ainda segundo Batista, a previsão do volume de chuvas previsto para os próximos meses é abaixo da média em algumas áreas do estado. Isso mostra que deve chover menos que nos anos anteriores.

“Estamos em um período muito seco, com diminuição de chuvas, baixos lençóis freáticos e as vegetações ficam mais secas. Assim, o ambiente fica mais propício para eclodir um incêndio florestal. A gente faz um apelo, pois em mais de 90% da ocorrência desses incêndios a causa é humana”, lamenta.
Por Quésia Melo, G1 AC, Rio Branco

31/07/2018 20h25 Atualizado há 11 horas

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