Ulysses não teve a mesma sorte
Enquanto o coronel Marcos Rocha (PSL) passou de mero desconhecido para novo governador de Rondônia, vencendo velhas figuras da política ao surfar na onda Bolsonaro, o coronel Ulysses (PSL) do Acre não teve a mesma sorte.
Chances zero
Enquanto o outro, o colega dele do estado vizinho comemora a vitória, Ulysses amarga a humilhação de ver a declaração do governador recém-eleito, Gladson Cameli (PP), de que a chance dele ser secretário de Segurança é zero.
Nega que tenha pedido o cargo
Ulysses por sua vez diz que jamais pediu cargo ou se ofereceu para ter o nome avaliado e por isso não faz sentido a declaração de Gladson.
Algo deu errado
Fato é que algo deu muito errado nos planos de Ulysses. Ele começou como uma boa promessa, mas terminou sem fazer sentido. A imprensa sempre lhe deu espaço, ele vinha de um cargo de chefia (subcomandante da PM) que lhe garantia visibilidade, mas ele não decolou.
Não foi mérito do Ulysses nem do seu grupo
Outra coisa que deve ser levada em consideração é que o fato do Acre ter destinado 77% dos votos a Bolsonaro não é mérito dele. Matemática pura, pois se ele tivesse toda essa influência ele seria o governador.
Já era forte
Se ele empurrou votos para o Bolsonaro porque os mesmos eleitores não votaram nele? Simples, a onda Bolsonaro já era grande o suficiente para avançar sozinha.
Aprendam com Márcio Bittar
Ulysses e seu grupo bem que tentaram surfar na onda Bolsonaro, mas não deu para eles. Deveriam tomar umas aulas com Márcio Bittar (MDB).
Márcio Bittar sai gigante desta eleição
Por falar em Márcio Bittar, senador eleito pelo Acre, esse, sim, sai absurdamente fortalecido desse pleito. Ele foi deputado federal junto com Bolsonaro e sempre foram amigos. As chances dele de compor o primeiro escalão são reais.
Articulado
Outra coisa que não pode ser desconsiderada é a capacidade de articulação de Márcio Bittar. Não é atoa que mesmo tendo sido eleito deputado federal pelo Acre, um estado pequeno, ele ocupou na Câmara Federal o segundo cargo mais importante da casa, o de primeiro-secretário da Mesa Diretora.
Simples assim
Até porque Jair Bolsonaro não tinha alianças com partidos que agora venham lhe pedir cargos, restará a ele os amigos mais próximos e não é atoa que Onix Lorenzoni será chefe da Casa Civil.
A trágica morte do “Doutor Baba”
Não foi só Tarauacá e Feijó que sentiram a dor pela trágica morte do “Doutor Baba”. O Acre inteiro ficou de luto.
Comoção
A comoção que tomou conta de Taraucá e Feijó, o desespero dos mais humildes chorando nas ruas em desamparo pela morte daquele que dedicou a vida a atender os mais pobres foi algo comovente.
O governo se dobrou
O governador do estado do Acre, Tião Viana (PT), que sempre fez ouvidos de mercador para todas as reivindicações que “Doutor Baba” fazia para o hospital de Feijó, teve que se dobrar ao clamor social e declarar luto oficial por três dias.
Por Gina Menezes