Em Cruzeiro do Sul, segunda maior cidade do Acre, as 12 vagas deixadas pelos médicos cubanos devem ser preenchidas na primeira chamada do Programa Mais Médicos. Os profissionais que fizeram a inscrição já começaram a entregar a documentação na Secretaria de Saúde do município.
O médico Duarte Oliveira compareceu na Secretaria Municipal de Saúde de Cruzeiro do Sul, na manhã desta terça-feira (27), para entregar a documentação necessária para a homologação de seu contrato no Programa Mais Médicos. Ele foi o segundo a entregar os documentos. O médico é de Mâncio Lima, também no interior do Acre, e está tentando uma vaga no programa pela segunda vez.
Formado desde 2015, Oliveira só conseguiu o registro no conselho da categoria em 2017 e afirma que pretende atuar no Programa Mais Médicos durante os três anos de vigência do contrato.
“Meu objetivo é ajudar as pessoas mesmo. Contribuir para atender a demanda das unidades básicas de saúde”, disse o médico.
Para ingressar no programa, o profissional teve que abrir mão do contrato com a Prefeitura de Mâncio Lima. Ele deve aguardar a homologação de seu contrato pelo Ministério da Saúde para começar a atender em um posto de Cruzeiro do Sul.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, dos médicos que se inscreveram para Cruzeiro do Sul, apenas quatro são do próprio município. O restante é de outras regiões, alguns do Amazonas (AM). Destes, nenhum ainda se apresentou na secretaria.
“O que eu estava mais preocupada era com o tempo que esse edital ia ser publicado, mas foi muito rápido. Estava apreensiva também com a logística por nosso município ser isolado e se alguém ia ter disponibilidade de vir trabalhar aqui. Mas, foram preenchidas as 12 vagas e agora estamos mais tranquilos”, disse a secretária Juliana Pereira.
Os médicos inscritos no programa tem até o dia 14 de dezembro para entregar os documentos na secretaria e começar a trabalhar nas unidades de saúde. Enquanto isso, a Secretaria de Saúde da segunda maior cidade do Acre, que tinha 38 médicos e agora conta com 26, fez um remanejamento de profissionais para atender a demanda de todos os postos do município.
“Nesse período tivemos que colocar uma carga de 40 horas para os médicos que trabalhavam 20 horas por semana. Com isso, não estamos deixando faltar médicos nas unidades. É claro que tivemos que diminuir a quantidade de fichas e o horário de atendimento depois da saída dos médicos cubanos”, explicou Juliana.
Por Mazinho Rogério – G1
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