Por Marcos Venicios
Após a suspensão da sessão legislativa desta quarta-feira, 27, uma reunião de pouco mais de uma hora selou, pelo menos temporariamente, o clima belicoso que rodeava os deputados Gerlen Diniz (Progressistas), líder do governo na Aleac, e Edvaldo Magalhães, um dos principais opositores na casa.
Os dois parlamentares, neste primeiro mês de início da nova legislatura travaram embates na Tribuna com direito a acusações, agressões verbais e até mesmo algumas ameaças de ambas as partes, apesar de Magalhães ter o perfil mais diplomático e Diniz ser mais reacionário que o normal.
Após a divulgação dos nomes dos presidentes e vices das 12 Comissões Permanentes da Casa, Gerlen e Edvaldo aparentam ter “fumado o cachimbo” da paz.
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Questionado Questionado se era a primeira vez que oposição e situação chegam a um consenso na Casa, Edvaldo afirmou que houve outros consensos. “É uma correlação de forças. Aqui a gente disputa posições, mas o que deve prevalecer é a gente entender maioria é maioria e minoria é minoria. Tem um momento que é bom fazer um bom acordo porque a vida roda muito e dentro do parlamento, tem coisas que se não tiver o entendimento, emperra, para’, explicou o comunista.
Seguindo a mesma linha de raciocínio de Magalhães, Gerlen também enfatizou o consenso na Casa. “ A oposição poderia muito bem dificultar a instalação dessas comissões ao exigir eleição em comissão por comissão. Não houve isso, o que houve foi um consenso em todas as comissões. Todos os nomes foram aclamados”, disse Diniz, que foi interrompido por Magalhães que afirmou que caso houvesse eleição para as comissões, esse processo poderia ser protelado para mais duas semanas.
Sobre algum descontentamento por parte de alguns deputados em relação a formação das Comissões, Edvaldo disse “que tudo está do jeito que a mamãe fala, a casa quieta, com o povo dentro”, brincou.
Aos serem questionados sobre quais critérios foram usados para encaixar os parlamentares em cada comissão, Gerlen disse que realocou deputado de acordo com suas afinidades e citou o seu próprio caso, que presidirá a Comissão de Constituição e Justiça e também é formado em direito. “Outro exemplo é o deputado Bestene, que já foi secretário de Saúde e vai presidir a Comissão de Saúde”.
Questionado sobre a indicação de Whendy Lima para os Direitos Humanos, Gerlen se enrolou um pouco com as palavras e foi muito sucinto com a correlação do deputado com a Comissão. “O deputado Whendy Lima é um cidadão extremamente capaz, está no Segundo Mandato e já exerceu algumas ações nesse sentido e está apto para exercer essa função”.