No Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo, o atleta Armando Junior, 25 anos, brilhou com toda intensidade. Na prova dos 10 metros rasos das Paralimpíadas Universitárias Brasileiras, classe TT 45, Armando foi o primeiro colocado.
Além do lugar mais alto no pódio, o jovem bateu o próprio recorde. Concluiu o percurso com o tempo de 12s03 e, ainda, quebrou o recorde brasileiro. Em março no Circuito Caixa, disputado em Uberlândia-MG, Armando Junior, fez a prova em 12s79.
As Paralimpíadas, organizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), têm como objetivo estimular a participação dos estudantes universitários com deficiência física, visual ou intelectual em atividades esportivas.
A competição, disputada na capital paulista entre os dias 25 e 26 de julho, contou com atletas de 21 estados brasileiros e do Distrito Federal.
Destaque nas provas o atleta acreano sabe que as conquistas são fruto de muita dedicação e empenho nos treinos, mas fez questão de agradecer o apoio recebido do Governo do Estado. “A minha participação, só foi possível por conta do apoio do Governo. Hoje, nós atletas temos essa ajuda que é fundamental”, disse Armando.
O chefe do Departamento de Esportes da Secretaria Estadual de Educação, Junior Santiago, disse que desde o início do ano, o Estado acompanha os atletas paralímpicos. “Nossa tendência é cada vez mais dar condições, não só para a inclusão social desses atletas, mas aperfeiçoar os treinamentos e fazer competições em alto nível”, disse Santiago.
Uma vida de superação
Armando Junior é natural de Cruzeiro do Sul, estudou em escolas da rede pública de ensino e desde cedo teve que superar suas limitações.
A determinação do jovem chega a impressionar os amigos e treinadores. Atualmente morando em Rio Branco, o atleta treina em dois períodos. É o primeiro a chegar e o último a deixar a pista.
No próximo mês, o jovem atleta começa a realizar mais um sonho. Armando foi aprovado no curso de Educação Física de uma universidade particular da cidade.
As metas de Armando não param por aí. O foco é chegar à Seleção Brasileira de Atletismo da modalidade. “Quero baixar ainda mais tempo para chegar à seleção e quem sabe disputar as Paralimpíadas de Tóquio em 2020”.
Escrito por Evandro Cordeiro
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