Covid-19: comércio do Acre tem queda em vendas de 40% e produção industrial cai 20%


O coronavírus (Covid-19) deve ter efeitos devastadores na já combalida economia acreana. Com o anúncio da Secretaria da Fazenda que a arrecadação do Acre no mês de abril poderá ter uma queda de 20% em perspectiva otimista, consequentemente o cenário para os empresários do Estado ainda é mais preocupante.

De acordo com o presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Celestino Bento, por causa do decreto que determinou que apenas serviços essenciais funcionassem, a queda na vendas de serviços e produtos deva registrar margem superior a 40%.

“Nós estamos tratando agora situações emergenciais. Estamos trabalhando agora na questão do ICMS, IPTU, IPVA e parcelamentos para que se prorrogue para mais na frente. Eu acredito que o impacto inicial no Estado eu acredito de 40% no afetamento das vendas e isso vai ser perdurar ainda pelos próximos três meses com as vendas em baixa e o risco de desemprego aumentar”, destacou Bento.

Outro que também que vê um cenário não muito animador é o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano. De acordo com o representante das indústrias, a construção civil já “vinha patinando, mas com a desaceleração provocada pela pandemia, a situação ficou pior.

“Por isso nosso apelo ao governo de acelerar os processos licitatórios nesse período. No privado, notamos um momentâneo Blackout em função da publicação do decreto, mas retomou aos números normais”, argumentou Adriano.

O presidente da Fieac afirmou ainda ao ac24horas que concorda com a perspectiva de análise da Acisa pois o comércio varejista sofreu o maior impacto.

Adriano ressaltou ainda que na produção industrial do Estado, a maior preocupação é com a importação da matéria prima de outros centros, mais ainda estamos trabalhando com os estoques adquiridos antes da pandemia. “Mas preocupa em caso de agravamento. De início estimamos a redução da produção industrial nestes 10 dias em torno de 20% até agora”, frisou.

O ac24horas apurou que caso algumas medidas do governo federal e estadual não sejam implementadas em socorro a economia e o cenário continue com nessa expectativa negativa, o número de desempregados no Estado deverá chegar a números nunca antes vistos.

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