O proprietário da rede Havan publicou no Twitter que o reitor da Unicamp havia gritado "Viva la Revolução" durante uma cerimônia de formatura. Além de pagar multa, Luciano Hang deve se retratar na mesma rede social
25 de maio de 2020, 10:58 h Atualizado em 26 de maio de 2020, 08:05
Empresário Luciano Hang estaria entre os suspeitos de financiar 'fábricas' de fake news pró-Bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter)
247 - O empresário Luciano Hang, forte aliado de Jair Bolsonaro, foi condenado pela Justiça do estado de São Paulo, após publicar fake news no Twitter, a indenizar o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, em R$ 20,9 mil. Além da multa, Hang deve se retratar na rede social com o mesmo número de linhas da postagem original. A informação é do portal UOL.
O proprietário da rede Havan escreveu em seu Twitter, no dia 24 de julho de 2019, que o reitor da Universidade de Campinas havia gritado "Viva la Revolução" durante uma cerimônia de formatura, aponta a reportagem. "E depois dizem que nossas universidades não estão contaminadas? Vá pra Venezuela Reitor FDP", concluiu Luciano Hang.
No entanto, segundo constatou o juiz Mauro Iuji Fukumoto, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, "o reitor não gritou 'Viva la revolução' em uma cerimônia de colação de grau".
Marcelo Knobel, que também trabalha como professor de física, disse que nem mesmo participou da formatura. "Não compareci a nenhum evento de formatura no final do ano de 2018, e também não proferi o citado chavão em nenhuma ocasião”, informou.
O magistrado constatou que Hang tentou atribuir ao reitor da Unicamp a "pecha de radical e extremista, alguém que em um evento acadêmico manifesta uma posição política sem qualquer relação com o contexto, sendo incapaz de dissociar sua suposta opção ideológica dos deveres inerentes ao cargo que ocupa".
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