Vou respeitar a decisão da maioria, das autoridades pedagógicas e sanitárias. Mas, já tenho uma opinião que está se consolidando.
Não sou favorável ao reinício das aulas presenciais em 2020, enquanto não tivermos a vacina ou zerado e controlado os casos de COVID-19.
Algumas razões:
a) não temos como controlar o distanciamento social de crianças, principalmente nos intervalos de sala de aula,
b) não temos como impedir abraços de crianças, que poderão se contaminar, contagiar os professores e levar o vírus para a casa de seus pais e avós e pessoas do grupo de risco,
c) não temos experiência de protocolos anteriores sobre como proceder com a alimentação, uso de banheiros, bebedouros e parquinhos,
d) não temos segurança de como as crianças se comportarão com máscaras e nem como reagirão às máscaras dos professores,
e) mediadores e cuidadores não tem como ter distanciamento social das crianças com deficiência,
f) o uso de máscaras dificultará a comunicação do professor e ainda estaremos no período das queimadas, com muita fumaça, quando teremos que abrir janelas e desligar o ar condicionado,
g) não temos como disponibilizar um profissional em cada ônibus urbano, para garantir segurança sanitária para nossas crianças,
h) não temos dinheiro para substituir milhares de profissionais que estão nos grupos de risco.
Por isso, devemos reforçar cada vez mais nosso programa de Educação à Distância, com contratação de mais professores (efetivos), apesar dos problemas tecnológicos, das deficiências de internet e tv nas áreas remotas e da pobreza nas periferias.
MOISÉS DINIZ é secretário adjunto de Educação e membro da Academia Acreana de Letras, autor do livro O Santo de Deus (https://www.chiadoeditora.com/livraria/o-santo-de-deus)
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