Nelson Meurer foi deputado entre 1995 e 2018
Ag. Câmara
Primeiro parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato, o ex-deputado Nelson Meurer (PP-PR) morreu na manhã deste domingo (12), aos 77 anos, em decorrência da covid-19. Meurer estava preso desde outubro de 2019 na Penitenciária de Francisco Beltrão, onde cumpria pena de 13 anos e nove meses.
Ele foi condenado pelo Supremo em maio de 2018, quando ainda exercia mandato na Câmara, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Meurer estava internado desde terça-feira (7) em um hospital particular de Francisco Beltrão. O ex-deputado era diabético, hipertenso e tinha problema renal crônico. De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República avalizada pelo Supremo, ele recebeu R$ 29,7 milhões em 99 repasses mensais de R$ 300 mil, operacionalizados pelo doleiro Alberto Youssef. O filho dele, Nelson Meurer Jr., também foi condenado por corrupção passiva no mesmo caso.
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31 jul, 2020
O advogado Michel Saliba, que defendia Meurer, lamentou a decisão do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, de rejeitar três pedidos apresentados por ele para que o ex-deputado cumprisse pena em regime domiciliar. Saliba apresentou um quarto pedido nesta semana, que ficou a cargo do presidente da corte, Dias Toffoli, que responde pelo tribunal durante o recesso do Judiciário.
“Ele [Meurer] contraiu [covid-19] enquanto preso. Desde novembro de 2019 o STF rejeitou reiteradamente pedidos para que ele fosse para prisão domiciliar. Era um homem de 78 anos com quatro comorbidades gravíssimas”, disse Saliba ao Congresso em Foco.
Companheiro de partido e estado de Nelson Meurer, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) manifestou pesar pela morte do ex-colega e criticou o que chamou de “ativismo” no Supremo.
Meurer foi prefeito de Francisco Beltrão e deputado federal entre 1995 e 2018.
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