O planeta chega nesta sexta-feira a 1 milhão de mortes pelo coronavírus. O Brasil, que tem 3% da população mundial, registra 14% dos mortos, devido ao negacionismo e incompetência do governo Bolsonaro
25 de setembro de 2020, 08:11 h Atualizado em 25 de setembro de 2020, 08:21
Funcionários de cemitério com roupa de proteção durante enterro de vítima da Covid-19 em Nova Iguaçu (RJ) 16/07/2020 (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
247 - O planeta deverá atingir a marca de 1 milhão de mortes devido à epidemia do coronavírus nesta sexta-feira (25). O número é inferior ao total, devido à subnotificação; neste 1 milhão constam apenas das mortes registradas oficialmente pelos governos. O Brasil, que tem menos de 3% da população mundial, é responsável por 14% dos mortos pela pandemia.
A postura de Jair Bolsonaro e seu governo estão no centro da verdadeira catástrofe brasileira. O país deve chegar a 140 mil mortes também nesta sexta.
"Chegamos nesse número por um misto de incompetência e negacionismo. Você não consegue combater um problema que você finge que não existe com soluções mágicas e negando tudo o que a ciência tem a oferecer em termos de controle de pandemia", afirmou a doutora em microbiologia pela USP (Universidade de São Paulo) Natália Pasternak.
Para a especialista, ao menos metade das mortes por covid-19 no país poderiam ter sido evitadas com medidas efetivas de combate à pandemia. "O Brasil foi na contramão do mundo na implementação das medidas preventivas que poderiam ter evitado, pelo menos, metade dessas mortes", disse ao UOL.
Para o médico e professor catedrático da Universidade de Duke, na Carolina do Norte (EUA) Miguel Nicolelis, prevalece no Brasil de Bolsonaro um modelo de combate à pandemia em que a busca do lucro está acima da vida humana e da interação do ser humano: "Chegamos aqui pelo total desprezo da biologia e negacionimso científico”.
fonte: brasil247.com
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