Angélica Paiva, do Notícias da Hora Coluna da Angélica 02 Outubro 2020
Pés pelas mãos
Presidente do Progressistas de Feijó, sugere retaliações contra funcionária da Câmara de Vereadores que manifestou voto em adversário do prefeito Kiefer Cavalcante (PP). Kiefer concorre à reeleição. O áudio de Nogueira, presidente do PP de Feijó que vazou para as redes sociais é claro: “o próximo presidente da câmara não vai manter...não merece o cargo”. A reação contra um voto contrário acabou virando uma série de votos contra o prefeito. Eloísa, conhecida em Feijó pelo apelido de Boneca é muito querida na cidade.
Solidariedade
O fato que abalou Feijó aconteceu ontem e desde então Eloísa vem recebendo mensagens e telefonemas de solidariedade. Ela é funcionária da Câmara de Vereadores desde 1984. Tem carteira assinada e uma gratificação que já foi incorporada ao salário. Abalada com a pressão, a funcionária disse que em todos esses anos nunca havia sofrido perseguição.
Cereja do bolo
O mais interessante no áudio do presidente do Progressistas de Feijó, é a parte em que ensina como conseguir votos para o prefeito. Ele diz que o captador de votos é um vendedor e tem que agir como tal- “tem que vender o peixe. Não importa se o produto não seja bom (sic), ele diz que é muito bom, que vem não sei de onde...” Ensina quem sabe, aprende quem precisa e o prefeito entra no negativo.
Origem
A rejeição à reeleição de Kiefer Cavalcante tem origem na escolha do vice Elson José que foi uma imposição de pastores da igreja Assembleia de Deus. A escolha desagradou o grupo evangélico adversário. Em Feijó a disputa das igrejas é maior que a política. Quando uma ala vai para um lado automaticamente a outra pende para o lado adversário. A esse respeito, mais uma pérola do presidente do PP local-“vice fica no palanque, é apresentado e só...no dia a dia ninguém toca em nome de vice”.
Mal estar
Essa definição de vice como um apêndice apagado deve provocar mal estar nos candidatos a vice do Progressistas em todo o estado. Principalmente no senador Sérgio Petecão (PSD), que tem vice de candidatos do PP nos dois maiores colégios eleitorais do estado- Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Na capital a esposa do senador, Marfisa Galvão (PSD), é vice na chapa de Tião Bocalom (PP), e em Cruzeiro do Sul Henrique Afonso (PSD), é vice na chapa de Zequinha Lima (PP).
Lá, como cá
O governador Gladson Cameli reuniu todo o seu secretariado e diretores de autarquias na manhã desta quinta-feira (01), para afirmar que Socorro Néri (PSB), é a candidata do governo à prefeitura da capital. Socorro deixou de ser a candidata do governador para se transformar na candidata do governo. Segundo os presentes, Gladson afirmou que uma derrota de Socorro Neri é uma derrota do governo e mais precisamente dele. "essas eleições são boas porque saberemos com quem poderemos contar em 2022", teria dito o governador. Recado dado, recado entendido.
Irritado
Nessa reunião que aconteceu no auditório da biblioteca Pública, os convocados tiveram que deixar os celulares do lado de fora do auditório e ouvir de um irritado governador que foi ele quem trouxe a empresa Fênix de Manaus para administrar os empréstimos consignados do funcionalismo público juntamente com seu cartão AvanCard que tantos protestos vem causando. Segundo os presentes o governador justificou a troca de empresa porque havia indícios de corrupção na administração da empresa anterior.
Esqueceu
O governador lembrou ainda do candidato dele em Cruzeiro do Sul- Zequinha Lima (PP), mas ao que parece estava tão envolvido com as candidaturas de Rio Branco e da cidade natal dele que acabou esquecendo de seu fiel escudeiro Gérlen Diniz (PP), que é candidato à prefeitura de Sena Madureira. Esquecimento injusto, Gérlen comprou todas as brigas do governo na Assembleia Legislativa e torceu tudo em favor do Executivo. Pode-se discordar dele, mas merecia um tratamento melhor.
Fênix voando alto
Todo dia chegam reclamações sobre a Fênix. Hoje foi um funcionário público que afirmou ter tido o empréstimo consignado obtido no Banco do Brasil, barrado pela Fênix. Revoltado ele disse que o empréstimo do Banco do Brasil tinha juros de 1,2% enquanto a Fênix cobra juros de 5%. Resumo da ópera- desistiu do empréstimo. Acha que a única maneira de matar essa ave é de fome. Por enquanto ela continua voando alto.
Cavaleiro andante
O deputado Jenilson Lópes (PSB), está se desdobrando em 30 para dar conta das campanhas no interior e na capital, atividades médicas e legislativas. Ele atua principalmente em Tarauacá e Bujari onde comemora o crescimento de Chagas Batista (PCdoB) e Jacaré (Valdivino Nonato de Sousa) do PSB, respectivamente. Além disso faz campanha para Pilique (PCdoB), em Assis Brasil. Os deputados Jenilson Lópes e Edvaldo Magalhães (PCdo B), estarão juntos no mesmo palanque em todos esses municípios, exceto na capital.
A luta
Em Assis Brasil, comerciantes estão retendo os cartões do Bolsa Familia e de aposentadorias dos indígenas. Como as péssimas condições dos ramais não permitem o acesso de veículos eles não podem sequer fazer compras grandes e ficam reféns do aumento semanal de preços. A Coordenação Técnica Local (CTL), da Funai, fica fechada e os que vêm à cidade por algum motivo, ficam espalhados pela praça. O problema será maior quando começar a temporada de chuvas. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), tem apenas uma palhoça caindo aos pedaços. Uma triste realidade.
...continua
O Sindicato dos Urbanitários está divulgando reportagens que mostram como está a situação de cidades que privatizaram o sistema de água e esgoto. Manaus, que teve o sistema privatizado em 2000, aparece como a 5ª pior cobertura de esgoto entre os 100 maiores municípios do país. 20 anos depois da privatização o abastecimento de água não alcançou toda a população e o esgoto ainda é jogado sem tratamento no rio. Fiquemos atentos para que a mesma empresa não aporte no rio Acre.
Bom dia deputada Perpétua Almaida (PCdoB), que está requerendo a prestação de contas da doação de R$ 7,5 milhões do frigorífico Marfrig para o Ministério da Saúde comprar testes rápidos de Covid-19 e que foram parar no caixa do programa Pátria Voluntária, liderado pela primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Briga grande né?
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