Durante visita do presidente Bolsonaro nesta quarta-feira, 24, ao Acre, ficou claro o distanciamento que o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (Progressistas), e o senador Sérgio Petecão (PSD), querem tomar em relação ao governador Gladson Cameli (Progressistas). Durante toda a agenda eles fizeram como a gente fazia no tempo de aluno, tinha nossa patota, que não se misturava com a daqueles. Na hora dos agradecimentos, os dois fizeram questão de não citar o governador.
No final, juntos
Apesar do distanciamento que Petecão e Bocalom tentam tomar, o que na política significa mais ou menos chamar o outro pra porrada, não adianta a turma daqui debaixo tomar partido. Os dois são espertos politicamente e, mais na frente, se verem que não vai colar na opinião pública essa junção deles, voltam a colar no Gladson. Gladson aceita e tudo terminará em forró, com todos eles juntos no mesmo palanque em 2022.
Mau na foto
No momento Bocalom não vive um bom momento, apesar de nem ter sentado na cadeira de prefeito. Virou, inclusive, meme, nas redes sociais, por suas seguidas viagens, mesmo a capital mergulhada numa cheia histórica. Sem contar a falta de alguns ajustes na gestão, como o pagamento das terceirizadas em janeiro. Nas próximas horas tem uma empresa que vai dar as caras lá pela Zeladoria.
Só que tudo isso pode mudar lá na frente. Ele melhora a performance e pode mudar o conceito com a população.
Durão
O problema do prefeito Bocalom é que ele é durão, do tipo que não abre nem para um trem. Pela boca da vice-prefeita Marfisa Galvão saiu alguma coisa que é do próprio Bocalom: que ele vê chantagem em tudo o que a imprensa publica. Tanto que a ideia dele é incentivar os jornais a buscar parceria com a iniciativa privada e não com a prefeitura, como acontece desde Gabino Besouro.
Bela imprensa
A despeito da imprensa acreana, como a catástrofe dos últimos dias tem revelado o quanto nossos jornalistas estão nivelados com todos os demais dos grandes centros. Jeferson Dourado, da TV Acre, fez uma matéria espetacular para o Fantástico; Ecimairo Carvalho tem falado ao vivo para o sistema Band e cada aparição dele é melhor que a outra. Viva nossa imprensa.
Sem agenda
A turma do PSL do Acre tentou falar com o presidente Bolsonaro, mas não deu. Nem os liberais também conseguiram a agenda com ele, que ficou pouco mais de três horas por aqui, indo mal a Sena Madureira.
Inteligente
Tentar criticar qualquer política nesse momento de pandemia é a maior infantilidade de adversários. O PT, que está a capa da gaita no Acre, foi inteligente. Não deu um pio. Uma ou outra pequena manifestação foi dos chamados “lobos solitários”, tipo os que colocaram uma faixa na passarela sobre o rio Acre.
Em Tarauacá
A oposição a prefeita Neia Jesus (PDT), de Tarauacá, tentou lacrar com ela. Ficou no vácuo. O momento é de solidariedade.
Grupo fechado
Mazinho Serafim, Vagner Sales, Tião Bocalom e o senador Petecão, dizem, teriam criarado até um grupo de Whatsapp.
Do vera
“Pense numa briga que nós vamos entrar do vera”.
Frase do presidente do Solidariedade, Israel Milani, sobre a candidatura da nae dele, a deputada federal Vanda, ao Senado, em 2022.
Tem que rebolar
Os Milani e o Solidariedade vão ter que correr porque no mesmo cenário em que eles vislumbram o Senado já tem a senadora Mailza Gomes (Progressistas), sobre quem o governador já disse apoiará, além do deputado federal Alan Rick, mais articulados do que pescoço de girafa. Mas é fato que até 2022 tem muita água pra passar debaixo das pontes do igarapé São Francisco.
Sumidos
O governador Gladson Cameli (Progressistas) passou o domingo último pra cima e pra baixo, dentro dos rios alagados, de Sena a Assis Brasil. Na segunda foi para Brasília, hoje voltou com o presidente, e agora já está no escritório onde gerencia o Estado. Quase nenhum deputado estadual foi visto nesse piseiro todo, exceto o presidente Nicolau Júnior (Progressistas), que pelo menos tem cuidado bem de sua base, o Juruá, onde está também quase tudo debaixo d’água.
Sem defesa na web
O próprio Gladson Cameli não se irrita, porque é estilo dele, mas alguns assessores mais próximos ficam p da vida porque ninguém defende o governador pelas redes sociais.
Pelos cantos
O prefeito de Bujari, João Edvaldo Teles, o Padeiro, do PDT, estava lá pelos cantos durante a agenda de Bolsonaro no Acre. O governador Gladson percebeu e gritou de longe: “‘Padeiro’ venha pra cá”.
Na espera
“Eu quero falar, sim, com o presidente Bolsonaro. Eu fui o candidato a senador dele aqui no Acre em 2018”.
Do candidato a senador em 2018 pelo PSL, Paulo Pedraza, sentado em uma cadeira daquelas de ferro inox do aeroporto.
Não falou nem a pau.
Só o Bittar
“Engrundunhado”, colado mesmo com o governador Gladson Cameli, do MDB do Acre, por enquanto, só o senador Márcio Bittar. O deputado Roberto Duarte esteve na agenda nesta quarta-feira, mas apenas para ver o presidente Bolsonaro.
Só estudando
Na verdade as velhas raposas da política acreana estão espiando o Gladson meio de longe. Se a popularidade dele cair, mesmo ele estando no momento de bem com o povo, eles se juntam para tentar derruba-lo. Se ele continuar na mesma pegada atual, eles se achegam para repetir 2018.
Bomba na saúde
Tem um grupo de médicos que está com a direção de um conhecido posto de saúde do município pelo pescoço. Se continuarem sendo maltratados, a bomba estoura nas próximas horas. É pendenga para o secretário Frank Lima resolver.
Indecisa ainda
Não vai ser fácil convencer a prefeita de Brasiléia, Fernanda Assem (PT), a disputar a eleição para deputado federal em 2022. Eu pensei que ela estava resolvida, mas ela pensa em terminar seu mandato como prefeita.
Também se decidir, é batata. Só não ganha se Deus não quiser.
Sem críticas
Não critico a nomeação da vereadora Michele Melo (PDT), de sua ex-namorada, a Jiza. Além de ser ex, é competente.
Pior é nomear amante. Aí é doído, papai
fonte: acrenews.com.br
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