"Vamos ter pessoas morrendo em casa ou morrendo na porta dos hospitais, porque não vamos ter onde interná-las", afirma a médica Thaís Guimarães, presidente da Comissão de Infectologia do Hospital das Clínicas
1 de março de 2021, 21:20 h Atualizado em 1 de março de 2021, 21:20
18Cemitério Parque Taruma em Manaus 28/4/2020 (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)
247 - Epidemiologistas estão alertando para a catástrofe ainda maior que ase avizinha do Brasil na pandemia do novo coronavírus, caso medidas severas de restrição da população não sejam tomadas nas próximas duas semanas.
"Vamos ter pessoas morrendo em casa ou morrendo na porta dos hospitais, porque não vamos ter onde interná-las. Vamos ter um cenário de guerra”, avalia Thaís Guimarães, médica infectologista e presidente da Comissão de Infectologia do Hospital das Clínicas, em declaração à CNN Brasil.
Segundo a professora de epidemiologia Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), as variantes da Covid-19 em circulação no país tendem a aumentar o índice de contaminação nas próximas semanas, principalmente quando combinadas com as aglomerações.
“O que podemos supor é que a P1 (variante identificada em Manaus) vai se tornar dominante e se espalhar rapidamente”, afirma. “Temos curvas epidêmicas diferentes em cada estado, por causa da adoção de medidas diferentes. É possível que a gente arraste essa pandemia no pior nível por mais tempo. Eu acredito que março vai ser muito ruim”, prevê Maciel.
O Brasil ultrapassou nesta segunda-feira (1º) a marca de 255 mil mortos por covid-19, com o registro de mais 778 vítimas em um período de 24 horas. As informações são do são do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
O número total de vítimas do novo coronavírus é de 255.720 óbitos. Este é o pior momento do surto de covid-19 no Brasil, desde o início da pandemia, em março . A última semana foi a mais letal de todo o histórico, assim como o mês de fevereiro.
Foram 8.224 mortos nos últimos sete dias e mais de 30 mil mortos no mês. Desde o dia 21 de janeiro o país tem média móvel, calculada em sete dias, acima de mil mortes diárias. Hoje (1º), o país alcançou novo pico, com 1.225 vítimas por dia, em média.
fonte: brasil247,com
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